quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A fórmula mágica.

Tem bebês que tem cólica... outros tem refluxo... a Ana não tem nada disso.
Ela não tem nada: nem sono. Ou melhor, acho que ela tem MUITO sono e tem uma briga eterna com ele... toda vez que faço ela dormir eu repito várias vezes: "Ana Clara, não precisa brigar com o sono, ele é seu amigo..."

Quando eu estava grávida, eu ouvi muito: "aproveita pra dormir agora , porque depois...".
Eu sempre achei que não iria mais dormir por preocupação, acordaria pra ver se o bebê está bem... Mas não: quem me acorda é a Ana, toda noite várias vezes... São quase 6 meses sem nenhuma noite inteira de sono... Tudo bem... Agora pouco, conversando com uma amiga que tem dois filhos disse que já faz quase 4 anos sem dormir uma noite inteira... (Ai que medo!!)
Porém, com quase todas minhas amigas-mães a situação foi diferente:
- "a minha filha dorme a noite inteira desde o primeiro mês..."
- "o meu filho sempre dormiu bem, não tenho do que reclamar, desde do segundo mês dorme a noite inteira!!"
- " a minha filha dorme super bem... e desde que saiu da maternidade dorme sozinha..."

Dorme sozinho? Sem embalar, sem precisar ninar? Pois é... juro que às vezes acho que é mentira... Depois descobri que esses são casos raros...


Eu não posso reclamar: a Ana é um bebê super saudável, mama bem, está crescendo, é linda!! Posso contar nos dedos de uma mão quantas vezes a Ana teve cólica... Refluxo? nem sei o que é isso. Mas o sono... Li de tudo um pouco, ou melhor, muito. Existem remédios, florais, calmantes, diferentes técnicas para o bebê dormir, mas eu optei pela fórmula mágica: paciência. Ser mãe é ser paciente. Ter calma e ter respeito pelo tempo de desenvolvimento do bebê. E mais: observar atentamente seu filho e tentar uma sintonia com ele, observar seu crescimento e descobertas a cada dia!!

Isso tudo é muito lindo, mas... e quando a fórmula mágica da paciência acaba? o que a gente faz? Quando posso peço ajuda para o pai, avó, dinda e vou tomar um copo d'água, um chá, às vezes um banho, respirar fundo e voltar ao trabalho de mãe. E quando fico sozinha, algumas vezes aconteceu de eu deixar ela no berço chorando e ficar do lado dela chorando junto. Ou... como agora: estou sozinha em casa e a Ana tá enrolada no portage, bem quentinha no meu colo dormindo depois de 1h de briga com o sono (nesse caso tive que tomar uma dose extra de paciência, porque ela tá passando por um pico de crescimento - mais colo, mais carinho, mais amamentação, mais dificuldade pra dormir...)

Com o tempo a fórmula mágica fica mais forte e dura mais tempo... E nós, mães, vamos aprendendo, cada dia mais, lidar melhor com essas situações...


Ser mãe é a profissão mais difícil, mas é a mais gratificante. Ser mãe é viver no limite: da paciência, do cansaço... Ser mãe é aprender a lidar com esses limites e se superar todos os dias. Amo ser mãe.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Relato.

Segunda-feira, dia 06 de abril de 2009... Meio-dia eu e o Rapha fomos na consulta com a Dra. Rose (ué? mas o ginecologista obstétra não era o Dr. Flávio? Sim... mas eu não estava muito satisfeita nem muito segura com ele e resolvi falar com outro médico... Que fosse adepto do parto natural e humanizado... Porém a Dra. Rose não atende por convênio médico, então só fui lá ter uma consulta de rotina). Ela analisou todos meus exames e ecografias que eu havia feito durante a gravidez. Depois ela me examinou (coisa que o Dr. Flávio não fazia) e disse que eu já estava com 4 de dilatação e que minha bolsa estava pra estourar a qualquer momento. “Meu Deus! Eu já estava em trabalho de parto e não sabia!” Eu estava tendo contrações, mas não sentia nenhuma dor. Nem mesmo incômodo. Fiquei assustada: estava chegando a hora... “Será que já estou pronta? Será que vai dar tudo certo? Como será meu parto?” Enfim, passaram inúmeras questões na minha cabeça naquele momento, questões que só teriam resposta depois que Ana Clara nacesse. Então a Dra. Rose me acalmou e me aconselhou que eu fosse pro hospital fazer uma consulta com o plantonista e pedisse pra ele me fazer o toque.
Fomos pra casa da minha mãe almoçar. Quando contei, ela ficou uma “pilha”! Almoçamos (Rapha, eu, minha mãe e logo depois meu irmão, o Daniel). Fomos, Rapha e eu, pra casa (“sede” da Treze de Maio). Terminei de arrumar minha mala e a da Ana Clara. Esperei a minha mãe e fui pro hospital. O Rapha foi dar aula.
Chegando na Maternidade Milton Muricy, esperei a consulta durante meia hora. Fui atendida às 17h35. A plantonista fez o toque: dilatação de 5 pra 6. Ela disse que eu teria que ser internada naquele momento. Mostrei meu plano de parto pra ela. Foi quando meu mundo começou a desabar. “O hospital não tem estrutura para receber uma doula no pré-parto durante o TP, mas nós vamos estar lá, você não vai ficar sozinha.”. E eu lá queria um “bando de gente” que eu nunca vi na vida pra me acompanhar num dos momentos mais importantes da minha vida??
Depois de chorar muito e deixar minha mãe mais nervosa ainda, burlamos um pouco as regras, pagamos por um quarto individual (pois meu convênio médico só cobre quarto coletivo) e a Cecília (minha doula), minha mãe e o Rapha puderam me acompanhar. Porém... chegando no quarto, o Dr. Flávio fez o toque (19h40)e a bolsa estorou. Dilatação: de 6 pra 7. Ele pediu uma maca pra me levarem à sala de pré-parto. Com o nervosismo do momento, não tinha mais forças pra brigar e ficar o TP no quarto. Pelo menos o Dr. Flávio permitiu que a Titi me acompanhasse. Na sala tinha uma bola, chuveiro e dois leitos. Tive que trocar a roupa e colocar aquele avental horroroso aberto nas costas. Na sala ficamos só eu e a minha doula querida. Até então minhas contrações eram fracas (e eu não sentia dor alguma) com duração de 30 a 40 segundos e intervalos variados de 3, 5 e 7 minutos. Fiquei na bola “curtindo” minhas contrações e olhando o relógio. 20h20 o Dr. Flávio foi ver a quantas andava minha dilatação e os batimentos cardíacos do bebê. Tudo certo: 7 de dilatação. Comecei a me sentir um pouco fraca. A Titi me deu Gatorade (escondido) e fui tomar um banho. Eram 20h45, “visita” do Flávio mais uma vez. A partir de então, passei a não prestam mais muita atenção no relógio, não contei mais os segundos de contrações nem o intervalo entre elas. Comecei a sentir dor e a Titi sempre massageando as minhas costas (Que alívio!!). Cada vez que o Flávio me analisava ele já me pedia pra fazer força. Às vezes eu fazia, às vezes não (aí ele “brigava” comigo). Eu intercalava entre a bola e abraços fortes na Titi em cada contração. A dor e as contrações passaram a ficar mais intensas. Cheguei a 10 de dilatação e Ana Clara não estava bem encaixada. Comecei a ter que fazer mais força. Às 23h10 fomos, Flávio, Titi e eu para o centro cirúrgico. Logo o Rapha estava lá também. De repente estavam lá mais duas enfermeiras “em cima” da minha barriga empurrando a Ana Clara para ela sair. Eu já não sentia mais dor, mas muito calor. Porém, as contrações estavam fracas e duravam muito pouco tempo. Aceitei a ocitocina. Muito rapidamente senti o efeito e as contrações ficaram fortes e eu conseguia fazer força pra ela sair. O Rapha e a Titi seguravam a minha cabeça e meu pescoço enquanto eu fazia força. Só passando por isso é que passamos a acreditar mais em nós mesmas: não imaginava que eu pudesse ter tanta força quanto eu tive naquele momento. Eu só conseguia imaginar o calor da minha filha em meus braços e meu batimentos cardíacos diminuindo ao sentir aqueles dedos minúsculos tocando meu peito... Como se não bastasse a força física que eu jamais imaginei ter, precisei provar que tinha uma força emocional além do normal... Pois nada do que eu imaginei aconteceu:

Ana Clara nasceu às 23h40.

O Dr. Flávio cortou o cordão. A pediatra Marieli mostrou a Ana Clara em seus braços e saiu correndo para a Unidade de Tratamento Intensivo – UTI.
Não consigo explicar meu sentimento naquele momento. Um vazio imenso, medo, insegurança e mistério. O que havia acontecido com a minha filha?

Ana Clara nasceu com duas voltas de cordão e aspirou mecônio no momento do parto. Foi entubada na mesma hora e teve falta de oxigenação no cérebro por alguns instantes. Dr. Flávio ‘tentou’ explicar o motivo da aspiração meconial (pois não existe explicação pra tal acontecimento), mas não lembro o que ele disse. Só consegui ver a minha filha às 11h da manhã seguinte – terça-feira, dia 07 de abril. Ela ficou uma semana na UTI Neonatal. Entrei em depressão. Durante essa semana a psicóloga do hospital veio conversar comigo. Não gostei muito dela. Ela chegou no meu quarto terça-feira a noite e disse: “Vim aqui conversar, pois você foi a primeira gestante a trazer uma doula para o trabalho de parto. Também sou adepta ao parto humanizado, mas sabe como é, né?! essas coisas são difíceis... Difícil mudar todo um sistema que caminha com o pensamento de que cesárea é mais seguro, não tem dor e tal... Nós temos projetos, palestras aqui no hospital sempre sugerindo esse tipo de parto...”. Vou confessar que não engoli muito aquela história, mas em todo caso, ela foi a pessoa que me ouviu com mais atenção num momento triste em que eu estava sozinha naquele quarto frio da maternidade. Aliás, ela disse uma coisa bem interessante, (que, toda vez que fico irritada com a choredeira da Ana, eu lembro disso): a diferença entre o parto idealizado e o parto real, do bebê ideal e o bebê real. E refletir sobre isso.
Só pude ter minha filha em meus braços na quinta-feira dia 9, e a partir daí comecei amamentá-la no seio, pois até então ela estava no soro e monitorada 24h. Esgotava o leite a cada 3h (para aquelas enfermeiras - sem coração - amamentarem minha filha com o MEU LEITE nas horas que eu não estava), quando não estava tomando banho pra dar uma aliviada, pois eu tinha muito leite e ficava tudo empredado: quase morri de tanta dor. Depois que recebi alta, sexta-feira dia 10, fui pra casa da minha mãe. Nos outros dias, chegava às 9h da manhã na maternidade e só ia embora às 19h30. Foi a semana mais longa da minha vida. Segunda-feira, dia 13 de abril, Ana Clara recebeu alta e saiu no sling coberta de olhares curiosos e cheio de preconceitos.
Ainda não superei esse ocorrido... Penso nisso todos os dias. Graças a Deus, Ana é um bebê lindo e muito saudável. Mas tenho esperança de um dia ainda saber a causa da aspiração de mecônio.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Neuf mois au paradis...


Dia 29 de setembro de 2008, numa tarde linda de sol quando fui fazer a primeira eco... ui ui ui... que nervoso. Passarm duas coisas na minha cabeça antes daquela mulher antipática colocar aquele gel gelado na minha barriga: será que realmente tem um neném aí? será que não é tudo invenção da minha cabeça? ou será que tem dois?? gêmeos??... O Rapha segurava a minha mão suada e meu coração batia a mil por hora. Naquela tela de plasma pendurada na parede do consultório, o bebê parecia enorme, mas com seus apenas 5 cm e 11 semanas de gestação já estava completamente formado - dava pra ver os braços, as pernas e a coluna com nitidez. Saí do laboratório me sentindo... nas nuvens (clichê e romântico - mas era assim mesmo que eu me sentia).
Dias depois falei com a Cecília (a Titi querida linda maravilhosa que veio a ser a minha doula...) e ela me levou num encontro de mães (GestaCuritiba), e foi o que mudou a minha vida!! Não sei o que seria de mim se essas mulheres não tivessem cruzado o meu caminho:
Cecília Veloso - minha doula queridíssima, obrigada por tudo.
Patrícia Bortolotto e Felícitas Kemmsies - sou fã de carteirinha de vocês. Mães lindas, mamíferas especiais que fazem um trabalho maravilhoso reunindo outras mães e esclarecendo suas dúvidas com carinho e muita atenção. Obrigada pelos abraços calorosos em todo encontro do Gesta.
Luciana Lima - Me tornei sua fã quando a vi pela primeira vez no encontro e apresentando o portage. Obrigada pela oportunidade de poder trabalhar num espaço tão lindo que é a AOBÄ.
Me sinto uma mulher privilegiadíssima por ter conhecido essas mulheres-mães tão especiais.

Há um tempo (no ano de 2007), eu tinha consultas com uma analista que, quando "me dei alta", nessa última consulta ela me fez uma pergunta que nunca mais esqueci: "Isabella: quantas coisas você faz única e exclusivamente pra você?". Naquele momento a resposta era: "nada além daquelas consultas semanais". Percebi que eu não tinha um momento diário na minha vida de relaxamento, reflexão e de viver exclusivamente pra mim.
Um belo dia (durante a minha gestação), minha cunhada me entregou um folheto: "Yoga Tibetana". No mesmo dia, liguei pra tal AEF (Associação de Estudos Filosóficos) que promovia aulas verbais e práticas de filosofia e a yoga tibetana, de segunda a sábado, com horários flexíveis (detalhe: por apenas R$30,oo por mês.).Ótimo!! Fui lá no mesmo dia. A yoga mudou minha vida!! Me fez sentir de bem com a vida, ter muuuuito mais calma, atenção, reflexão, em sintonia com minha filha... Enfim, consegui, finalmente, responder a pergunta da minha analista.

A Ana Clara ia crescendo na minha barriga, me fazento me sentir plena durante toda a minha gestação. E foi visível como consegui, sem querer, contagiar, em muitos momentos, várias pessoas que me cercavam.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Semana Internacional de Babywearing

A BWB - Baby Wearing Brasil está promovendo uma Caminhada Nacional de incentivo ao uso do sling, que acontecerá no dia 26 de setembro durante a Semana Internacional de Babywearing. Eventos especiais estão sendo programados para algumas cidades. Se na sua cidade não há programação, faça você mesma! Reúna suas amigas, com seus slings e seu bebês para uma gostosa caminhada num bosque, parque, shopping... Todos que usam sling já sabem muito bem os benefícios que ele oferece, então, vamos lá contagiar novos adeptos! Aqui em Curitiba a caminhada será no parque barigui, às 16 horas, partindo da frente do Centro de Eventos. Estão todos convidados! Faça sua inscrição pelo eventos@babywearingbrasil.org, mandando seu nome, e-mail e telefone.

Começando do começo...



Sempre disse: não serei completa se não for mãe!! E começou quando minha menstruação atrasou... Fui fazer um teste de gravidez no laboratório Sergio Franco, dia 20 de fevereiro de 2008. Esperando o resultado, eu e o Rapha fomos tomar um café no "Lucca café" no centro, próximo ao Bondinho da Boca Maldita. Nunca esqueci daquela conversa. Ao mesmo tempo que estava nervosa, falávamos sobre o futuro bebê de forma tranquila e feliz. Fazíamos planos para o enxoval, os aniversários e, o mais importante: como educar. O Rapha sempre com suas piadinhas para descontrair o nervosismo e a ansiedade. Resultado: negativo. Meses depois, dia 28 de maio, mais um teste. Desta vez não houve café nem muita conversa sobre o assunto. Resultado: negativo. Meses depois... Passei dias mal, vomitando e muita azia. Fiz uma endoscopia. Nem desconfiei de uma possível gravidez. Já seria a 3a vez no ano que minha menstruação atrasava eu iria no laboratório fazer mais um exame de HCG. Resolvi, então, comprar um teste destes de farmácia mesmo, pois não acreditava que desta vez seria diferente das outras. Não falei nada pro Rapha. Era quarta-feira, dia 16 de setembro. Passei na locadoura, loquei um filme, fui na farmácia e comprei um teste de gravidez. Chegando em casa (na "sede" da Treze de Maio), o Rapha, ao pegar o filme na minha bolsa acabou esbarrando naquela caixa cor-de-rosa e me perguntou: vc não ia me falar nada, Isa??. Nas instruções do teste dizia que devia ser feito com a primeira urina na manhã. Quase não dormi. Às 7h levantei, fui ao banheiro e fiz tudo como dizia no manual da caixa. Esperei os minutos necessários e, se apareçesse dois riscos no "palito", o resultado era positivo, mas se fosse um risco somente, seria negativo. Resultado: dois riscos. Sentada no vaso do banheiro, abaixei a cabeça e um turbilhão de pensamentos invadiram minha mente e cheguei a ficar tonta. Voltei a olhar o "palito", mas desta vez não tinham mais os dois riscos, somente um. O Rapha abriu a porta do banheiro: "e aí?". E eu nervosa, respondi chorando: "Acho que tô mais ou menos grávida.". Tomei café e fui dar aula de piano para um aluno lá em Santa Felicidade. Tive bastante tempo no ônibus para pensar no ocorrido e resolver o que fazer. Tentando engolir o choro, a dor de cabeça aumentava. Não tinha como esconder o nervosismo, mas os olhos inchados foram salvos pelo óculos escuros. Antes de começar a aula, liguei pra minha cunhada querida que sempre tem uma resposta pra minhas dúvidas, e, desta vez ela conseguiu me deixar ainda mais nervosa: "Olha Isa, quando esse teste de farmácia dá posistivo a probabilidade de ser positivo é bem grande. Mas pra ter certeza, fala com o Flávio e pede uma guia pra fazer o exame de sangue.".

Dei a aula, almocei e liguei pro consultório do Flávio (meu ginecologista) e ele disse que deixaria a guia com a secretária. Fui direto pegar a guia e fazer o teste. Fui pra faculdade pressinando meu braço no local onde tinham retirado o sangue, pois a enfermeira havia "me furado" 2 vezes antes de achar a minha veia. Chegando lá, algumas pessoas já vieram me perguntar: "Isa, tá tudo bem?". Não aguentei, contei o que estava esperando o resultado do exame e logo a notícia já tinha se espalhado para várias pessoas. Duas horas depois, sentei na frente de um computador, na faculdade mesmo, e acessei o site do laboratório para ver o resultado. Respirei fundo, dei um "enter" e... HORMONIO CORIONICO GONADOTROFICO: 104176. Ou seja: Positivo. Sem dúvida alguma. Abri o mesmo site e conferi o resultado umas 3 vezes. Não fui pra aula de coral. Liguei pro Rapha, dei a notícia e fui pra casa (sede da "Marechal Deodoro"). Logo o Rapha chegou. Sentamos no sofá da sala: eu chorando e ele suando nas mãos sem parar. Quando minha mãe chegou, o Rapha puxou uma cadeira para a sogra e disse: "Senta aqui, Clelia. Precisamos conversar". A reação dela foi a última coisa que eu esperava, ela disse "Você tá grávida, né Isa?!", e eu "Como vc sabe?" e ela "Só vc que não sabia. Tava escrito na tua testa e só você não enxergou. Agora vamos fazer um lanche que eu estou morrendo de fome.".
Imagem: Arquivo pessoal, nós curtindo as férias de julho: Rapha tomando café no Shopping Crystal dia 07/07/2008.

domingo, 20 de setembro de 2009

Inspiração: insônia de felicidade!!


Dia 19 de setembro de 2009. Eram 5h da manhã... deitada na cama, acordei, simplesmente. O Rapha, dormindo do meu lado, respirava calmo e lentamente... No berço (que fica "grudado" ao lado de nossa cama), Ana Clara, com seus apenas 5 meses de vida, esparramada, de braços abertos dormia lindamente num sono profundo e sereno. Quase chorei. Naquele momento pensei: preciso fazer um blog!! Minha mente borbulhava de momentos de felicidade e eu precisava de um lugar pra escrever sobre tudo aquilo. Na verdade eu devia ter levantado da cama e feito isso naquela hora, mas resolvi ficar ali curtindo aquele momento tão gostoso. Foi tão bom que 1h passou bem rápido, e Ana Clara acordou, banguela e sorridente como na maioria das manhãs. Eu e o Rapha conversamos com ela um pouco, mas deixei ele dormindo e tirei ela dali, passei ela para um outro quarto, deixei alguns brinquedos espalhados pra ela brincar enquanto eu preparava um café da manhã. Fiz uma salada de frutas, passei um café, às 6h50 troquei a fralda da Ana, amamentei durante 15minutos e ela dormiu. Voltei pra cozinha para preparar a mesa. Já eram 7h30, fui acordar o Rapha (de um jeitinho muito especial e carinhoso, cheio de beijos e abraços), tomamos café juntos como a muito tempo não fazíamos em um sábado de manhã. Às 8h10 nos despedimos e ele saiu pra trabalhar. Fui me trocar, arrumei a bolsa da Ana e às 9h ela acordou, troquei a roupa dela e fomos para a aula de musicalização para bebês.

Nunca passei um dia tão disposta e feliz tendo dormido tarde e acordado tão cedo.
Imagem: arquivo pessoal. Ana Clara dormindo no meu colo, dia 11/06/2009 na casa da Vovó Clelia.