segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ana Clara no balde...

Lembro quando estava com o barrigão enorme, já no último mês de gestação e não havia comprado a banheira pra Ana Clara... Como eu iria dar banho nela sem uma banheira?? Minha mãe de repente aparece com uma banheira comprada num supermercado, rosa pink com bolinhas brancas, dessas suspensas, com trocador e tudo!! Fiquei super feliz. Finalmente tínhamos a banheira. Fiquei mais tranquila, principalmente porque o banheiro era enorme e ia caber aquele 'trambolho' lá e não íamos ter que montar e desmonar toda vez que fossemos dar banho na pequena.

Lembro bem do transtorno que era a preparação para o banho durante o primeiro mês da Ana: esquenta a água com umas ervas especiais para banho de bebê, enche a banheira com água do chuveiro, colocava o 'termômetro de tartaruga' na água (mãe de primeira viagem nunca sabe a temperatura certa, precisa do termômetro), leva tudo pro banheiro: toalha, coeiro, fralda, pomada, pijama... Liga o aquecedor (além do banheiro ser enoooorme e sempre gelado, a Ana nasceu em abril, lembro que estava muito frio...). Tira a roupa do neném, dá o banho naquela banheira enorme, acaba o banho, enrola o neném na toalha, abaixa o trocador, coloca a fralda no neném, o pijama... enquanto isso aquela choradeira (até hoje a Ana chora pra pôr a roupa...).

Até que um belo dia me disseram pra dar banho no balde. Aí minha vida melhorou, e a Ana, com certeza, me agradece muito. Continua o 'transtorno' para preparar o banho, mas depois de tanto tempo, já nos acostumamos e faz parte de nossa rotina deliciosa com a Ana: preparamos o chá do banho (ervas especiais para banho de bebê), enchemos o balde, colocamos o chá, tiramos a roupa, colocamos a Ana no balde, deixamos ela brincar um pouquinho com seus coleguinhas de banho, lavamos o rostinho, a cabeça, o corpinho, deixamos ela bricar mais um pouquinho com o pato e a foca, tiramos o bebê do balde, trocamos, colocamos o pijama, amamento e pronto. Bebê dormindo.

O balde ocupa beeeem menos espaço, utiliza beeeem menos água, dá mais conforto pro bebê (que fica quase que com o corpo todo debaixo d'água) e é muito mais relaxante pro bebê. Já vi um vídeo que mostrava o primeiro banho do bebê feito no balde (recém nascido, ainda na maternidade).

Desde que começei a dar o banho no balde, a Ana não chorou mais durante o banho, só quando o sono 'pega', aí não tem jeito. É choro na certa. Tem bebês que aé dormem no banho, mas a Ana não é dessas. Mas eu gosto muito de dar banho no balde, me sinto mais segura e sinto que a Ana se sente muito bem. Mesmo sentada no chão, me sinto muito mais confortável do que dando banho na banheira.

Eu não comprei desses baldes próprios pro banho do bebê, comprei um balde normal (desses pra lavar roupa mesmo, muito mais barato! Mas se eu soubesse antes da existência desse "ofurô" para bebês, talvez o tivesse comprado no lugar do 'trambolho').
Sempre colocava um coeiro no fundo desse balde, pois, por não ser próprio para banho de bebê, não é anatômico e tinha umas ranhuras que achei não serem muito confortáveis pra Ana durante o banho.
Depois de um tempo comprei outro balde, também de 15 litros (como o anterior), mas com forma ovalada. Achei que a Ana ficou melhor e acho mais fácil de dar banho nela nesse novo balde. Hoje ela tem quase nove meses e ainda toma banho no balde. Lindo de ver!!
Tem gente que não se adapta a esse tipo de banho, prefere as banheiras suspensas e com trocador, pois (como algumas argumentam) são muito mais práticas para a mãe, porque não precisa se abaixar e dar o banho sentada no chão. Tem gente que só usa o balde pra dar um banho relaxante no bebê, a ainda usa a banheira para a higienização porque diz que não consegue fazê-lo no balde.

Eu só uso o balde. Banho só no balde. E ela adora. E ainda cabem uns brinquedinhos (um patinho amarelo e uma foca cor-de-rosa). E, garanto que ela sai de lá bem limpinha!!

Ainda tenho o 'trambolho' rosa com bolinhas brancas pegando pó... Alguém quer? Tá novinho, quase sem uso.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Eu também sou dessas mães xiitas!

Terminei agora de ler todos os textos do Terceiro Concurso de Blogueiras, organizado pela Lola. Os textos são ótimos, muito divertidos e emocionantes. Foi difícil escolher, mas me identifiquei muito com o texto da Pérola - aliás o blog dela é muito interessante (coloquei até na minha lista de blogs: "mamãe antenada"...). Resolvi postá-lo aqui pra vcs lerem - mas volto a falar: vale a pena ler todos os textos do concurso, hein?!

Mães Xiitas

Sempre que ouço falar em amamentação prolongada por 2 anos ou mais, exclusiva por até 6 meses ou mais, escuto também das "mães xiitas", defensoras do aleitamento, ortodoxas.
Claro que vem também a história de ser mais mãe ou menos mãe.Me vem à cabeça uma imagem terrível de mães em trincheiras batalhando pela verdade, batalhando entre si...
Eu confesso que tô mais para xiita. Explico.
Vivemos, nós mulheres em especial, numa sociedade que produz efeitos imediatos sobre o comportamento: a mídia de forma geral dita regras de conduta, dita tendência, dita modismos, dita posicionamentos, desde a cesárea da cantora x ao parto domiciliar da esposa do ator Y. É uma cultura do aqui, do agora, onde temos que responder pelo imediatismo e acima de tudo pela aquisição (assunto pra outro post).
Uma cultura que exige que a mulher desempenhe papéis diversos, que a cobra por isso, mas que não garante que sua natureza seja respeitada, que não permite que se expresse no auge de sua feminilidade: parir e nutrir seus filhos!
Uma sociedade que mecanizou o nascimento pela cesárea e que está mecanizando o aleitamento pela mamadeira.
Então, nesse absurdo contexto neo liberal, porque seria diferente com a maternidade?
Engana-se quem não acredita que a maternidade é um produto lucrativo para o mercado capital.
Engana-se quem não compreende que incapacitar a mulher dá lucro.
Veja bem:
vende-se enxovais carissímos com muito mais do que o necessário para um bebê
vende-se quartos de bebês e apetrechos muito além do preciso para as demandas de um bebê
vende-se roupinhas e mais roupinhas - ate os bizarros saltos altos para bebês !!!
vende-se kits de mamadeira
vende-se esterlizadores de mamadeiras
vende-se escovinhas para mamadeiras
vende-se bicos para água, para leite, para líquidos engrossados
vende-se prendedores de chupetas
vende-se chupetas 0-6 meses
vende-se chupetas 6-24 meses
vende-se aparelhos para dentes
vende-se leite artificial (de tipos e qualidades variadas)
vende-se mais leite artificial para 1+, 2+, 6+ e etc
vende-se carrinhos e mais carrinhos de passeio
vende-se consultas e mais consultas à pediatras
vende-se suplementos, complementos, vitaminas e medicamentos.

Mas sabe o que não se vende? Leite materno não dá lucro.
Aleitamento prolongado não dá lucro.
Não vende mamadeira, chupeta, não vende!
Parir e nutrir no Brasil se reduziu a um vasto mercado para bebês em mega stores lotadas, em maternidades 5 estrelas.
E daí quando vc toma conhecimento disso tudo, quando finalmente a verdade te acerta duro na cachola e você descobre que o mercado capital é mais cruel do que imaginamos, não tem jeito de não militar, de não querer abrir os olhos de tantas mulheres que são convencidas de que são incapazes de parir e nutrir seus filhos, que se ferem acreditando que são incapazes, que falharam.
Realmente não são menos mães. São mães conduzidas socialmente de forma incoerente e cruel.
Leite fraco, pouco leite, insuficiente, peito caído, dor, romantizar o aleitamento, crucificar o aleitamento. No fim o resultado é um só: desmame precoce.
Hoje em dia não basta querer. Tem que querer muito. Muito mesmo.
Porque quando você descobre uma gravidez, já sabe que terá cumes altissímos para escalar se quiser um parto normal. Natural? Domiciliar?Tem que virar mãe -leoa, xiita e se preparar para desafiar saberes consagrados socialmente como inabaláveis.
Amamentar sem sair do consultório do pediatra com receita para leite artificial? Amamentar sem ouvir que teu leite é fraco, que seu bebê chora de fome? Tem que ter muito peito para desafiar a lógica do fracasso!E sabe porque? Porque não gira a roda da fortuna.
É uma realidade triste.Por isso, precisamos ser firmes em nossos propósitos, nos fortalecer, buscar informação de qualidade, ler, questionar e buscar coletivos que afinem com nosso jeito de encarar as coisas...
Se depender da TV, da mídia e de opiniões enraizadas e ensimesmadas, parir e nutrir continuará sendo mérito de meia dúzia de mulheres taxadas mundo afora de naturebas e xiitas...

É nesse mundo que você quer que teu filho/a cresça?

domingo, 20 de dezembro de 2009

“Diniversário” do Rapha...


São 23h agora. Hoje foi (está sendo) um domingo muito agradável.

Depois de um extenso curso (15 horas de ‘xtreme defense’) na academia onde ele treina Krav Magá, o Rapha voltou pra casa hoje de manhã às 9h. Eu estava dando de comer pra Ana quando ele chegou (exausto!). Dei os “Parabéns”, entreguei um presentinho (comprado com muito carinho) e terminei de dar a papinha de mamão pra Ana. Tomei banho (a resistência não resolve soltar bem no finalzinho do meu banho?! Ainda bem que eu já tinha tirado o shampoo da cabeça – banho gelado ninguém merece!), sequei o cabelo (com a Ana do meu lado no carrinho - dentro do banheiro - e o Rapha arrumando a resistência do chuveiro). No meio da “secagem capilar” a Ana não parava de gritar – agitada por causa do sono – então (com o cabelo meio seco, meio molhado) fui fazer ela dormir. Terminada a TM (tarefa de mãe), terminei de secar o cabelo, fui preparar a papinha de almoço da Ana (TM), arrumei a bolsa dela (enquanto isso o Rapha “capotado” no sofá). O telefone tocou (a sogra confirmando a nossa ida dominical à casa dela), o Rapha acordou, se vestiu, a Ana acordou da soneca, enrolei ela no sling e fomos pra casa da vovó Iara (minha querida sogra). Chegamos pro almoço, dei de comer pra Ana ao mesmo tempo que almoçava (TM), comemos a sobremesa - delícia, como sempre -, brincamos no chão da sala com o primo Bernardo enquanto a sogra lavava a louça, conversamos muito (sogra e eu), Rapha e Diego (pai do Bernardo) jogavam vidogame, Rapha dormiu, fiz a Ana dormir (TM), conversamos mais um pouco (sogra e eu), tomamos café, a Ana acordou, a vovó Iara deu de comer pra netinha, o Rapha acordou, tomou café e fomos, de carona com a minha tia Ceres, embora pra casa (levando, como de costume, um pedaço de bolo – delícia, como sempre!). Chegando em casa, ‘pegamos’ a vovó Clélia de saída para assistir uma apresentação de dança da Carol, brincamos um pouco com a Ana, fui na ‘pani’ e comprei duas latinhas de “ Caracu” pro Rapha, voltei, preparei o banho da Ana (TM), dei banho, amamentei (TM) e ela dormiu.

Eu e o Rapha ficamos a sós, tivemos um momento gostoso. Conversamos bastante, reflexões sobre a vida... Felicidade.
Tenho uma filha linda e saudável, tenho um companheiro mais do que companheiro (um pai, namorado, marido, amigo, amante...), uma família maravilhosa (cheia de defeitos e problemas, mas maravilhosa).
Tive uma ótima educação (pela família e pela escola), tive uma infância perfeita (casa na árvore, quintal de abacateiros, passeios de bicicleta com a família no parque São Lorenço), uma adolescência com algumas besteiras e muito aprendizado...
Viajei, acampei, conheci lugares, conheci pessoas, brinquei muito, “fiquei”, beijei, transei, fiz besteiras, caí, levantei, fiz amizades, estudei, namorei, cursei uma graduação, aprendi, errei, tomei porres, festei, me formei, trabalhei, engravidei.

Hoje sou uma pessoa feliz, sou uma boa mãe. Estudo diariamente sobre a maternidade e aprendo muito - a cada minuto - com a minha filha. Erro, aprendo. Caio e levanto: não sou perfeita. Tenho sonhos e vou realizá-los (sim!), pois são sonhos simples e mantenho sempre o pé no chão.

Plantei uma árvore, escrevi um livro e fiz um filho. Espera ái: ainda não posso morrer! Não sou completa e (talvez) nunca serei. Mas busco a minha felicidade sempre... um dia de cada vez.

Feliz aniversário, Rapha, meu amor... Te amo. Obrigada por tudo.

Ps. Por quê “diniversário”? Porque é assim que a Daniela (minha sobrinha afilhada muito engraçada) fala “aniversário”.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

OBJETIVO:PERFEIÇÃO

Sou professor e acompanho todos os anos a seguinte situação: pais que querem seus filhos preparados para enfrentar o mundo que os cerca !! (quem não quer que seu filho esteja preparado?!?), mas o que realmente acontece é um efeito colateral, porque nessa luta para vencer uma (futura) possível concorrência de mercado,os pais levam seus filhos para a aula de artes marciais (para obter concentração e disciplina e para defesa pessoal),para as aulas de esporte (objetivando o trabalho de grupo para seu bom desempenho no seu trabalho na (futura) empresa ),aulas de música (para aguçar sua sensibilidade e para o lazer), e por ai vai, mas o que alguns pais esquecem é que todos esses cursos (individualmente) demandam tempo e causam sobrecarga psicológica, física e intelectual.
Não sou contra essa preparação das crianças, só acho que tudo ao mesmo tempo não adianta nada, já cansei de ver crianças e adolescentes me dizerem a mesma coisa, "mas professor eu até consigo estudar uns vinte minutos por dia mas depois tem o curso disso e depois tem o outro e a noite tem a lição da escola", sei que essa conversa já é batida, mas volto nessa questão, crianças e adolescentes não são máquinas porque são novos e fortes.
PAIS, não confundam o viço da juventude com a resistência de um bloco de concreto (pois este não sofre de crises de estafa, gastrite nervosa, depressão etc... como ando vendo em muitos adolescentes e crianças,causados pelo excesso de atividades), essas pessoas em formação, precisam sim, de direcionamento (senão, pra que serviriam os pais ?),mas vamos com calma, porque (no fundo) sabemos que:


"DE GRÃO EM GRÃO, A GALINHA ENCHE O PAPO"

"DEVAGAR SE VAI AO LONGE"

Para bom entendedor, meia palavra basta!
Obrigado pela atenção.

Raphael Tobias (professor que quer que seus alunos, tenham mais de quinze minutos diários para estudar o que realmente gostam, seja lá o que for, que lhes faça sentir bem e seja judicialmente legal hehehehehehehe)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Concurso de blogueiras

Depois que virei blogueira (e digo isso com muito orgulho!) passei a ler muito mais do que antes (que era 'quase nada'). Sempre que me sobra um tempinho, fico 'fuçando' outros blogs me divertindo e me informando mais sobre a maternidade (que é o que tem me interessado nessa fase da minha vida).

Aí caí no Escreva Lola Escreva num post sobre um concurso de blogueiras. O tema do concurso? maternidade.

Estou aqui então para divulgar o post com uns textos incríveis e muito divertidos. Eu ainda não consegui ler todos os textos, mas já li a metade e já gostei muito. Passa lá também.


domingo, 13 de dezembro de 2009

Boa(?) noite.


Como já comentei anteriormente, Ana Clara tem uma certa dificuldade de lidar com o sono... E é assim desde que nasceu. No início eu não sabia muito como lidar com essa situação, eu sempre fui de dormir muito, principalmente durante a gestação... nooossa! cheguei a faltar aulas na faculdade pra poder dormir mais um pouquinho... rsrsrs.

Resolvi pedir conselhos para outras mães: " deixa ela chorar, só assim ela aprende a dormir", "dá chá de camomila", "deixa ela acordada durante o dia, assim ela fica bem cansada e dorme a noite inteira", "coloca uma folha de alface debaixo do travesseiro dela"... Apesar de meu instinto de mãe dizer que não era pra fazer nada daquilo, eu acabei fazendo. É lóógico que nada adiantou. Mudei horário do banho, coloquei chá na água do banho, dormi sentada com ela no sling, orei, chorei... Não sabia mais o que fazer. Eu e o Rapha estávamos exaustos!! Não imaginávamos que o pior estava por vir.

Durante o primeiro mês, Ana dormia às 21h, acordava às 3h, depois às 6h e às 8h finalmente para dar "bom dia " ao dia. Se continuasse assim 'tava' ótimo, mas...
Quando ela tinha uns dois ou três meses, eu li um livro chamado 'Soluções para noites sem choro', de Elizabeth Pantley. Gostei muito!! Recomendo. Apesar de não ajudar muito com o sono da noite, me esclareceu muito sobre as sonecas do dia. E a Ana passou a dormir muito bem durante o dia. Mas a noite... Ficava cada vez pior. A partir do segundo mês ela acordava 3, 4, 5, 6 vezes durante a noite. Quando ela não dava "baile" e ficava acordada entre uma mamada e outra... Perdi muitas vezes a paciência. Chorei muito.

Demorei (eu sei), mas passei a pensar assim: tenho que dar Graças a Deus pela Ana ser um bebê completamente saudável, por eu não ter tido nenhum problema para amamentar, pela Ana não ter cólicas, não ter refluxo, não ter assaduras, pela Ana estar crescendo super bem, engordando, se desenvolvendo lindamente... E ser mãe sempre tem suas dificuldades e cada mãe passa pelas suas. A minha dificuldade é lidar com o sono noturno da minha filha e pronto. Não vai ser pra sempre. E quando ela superar essa dificuldade, vai aparecer outra... E vai ser pra sempre assim. E eu, como mãe, vou crescer e aprender a lidar com cada dificuldade dessas junto com a minha filha.

Hoje já faz 8 meses que eu não tenho uma noite inteira de sono sem interrupções. Ainda perco a paciência (poucas vezes), mas eu e a Ana já melhoramos muito:
Hoje em dia a Ana toma seu relaxante banho de balde entre 19h e 19h30. Eu amamento e ela dorme. Fico durante algum tempo com ela dormindo em meus braços curtindo o cheirinho de bebê, a respiração profunda de sono, o carinho que ela faz eu meu peito com aquela mãozinha quentinha... Então faço a minha oração agradecendo a Deus pela felicidade que ela me dá todos os dias. Aí coloco ela no berço. Dali umas 3 ou 4 horas ela acorda pra mamar novamente. Aí, entre essa mamada e às 6h30 da manhã (que é quando ela desperta definitivamente para o dia), é um mistério. Cada noite é uma caixinha de surpresas. Às vezes ela acorda 1 vez (o que é muito raro), 2 ou 3... às vezes 4... Mas, diferente de antes, ela volta a dormir rapidamente. Antes eu demorava muito pra fazer ela adormecer...

O último conselho que eu ganhei foi: "coloque um copo com água e açúcar debaixo do berço da Ana e converse com o anjo-da-guarda dela". Não custa nada, pensei. Tive uma conversa longa com o anjinho. Uma semana depois a Ana dormiu da 1h às 6h30. E durante mais umas duas noites ela repetiu a dose. "Botei fé" no anjinho, e sempre converso bastante com ele. Confesso que, depois disso, a noite seguinte (que foi ontem) foi ruim: ela acordou umas 4 vezes...

Agora são 22h45. Vou preparar o copo com acúcar e vou ter uma conversinha com o anjo.
Vamos ver no que vai dar.

Boa noite.

ps. Hoje foi o batizado da Ana. Já ouvi falar, também, que depois que o bebê é batizado o sono dele melhora... tomara. =)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Que tal um cineminha com seu bebê?

Em um grupo de discussão pela internet sobre parto humanizado e maternidade ativa, uma mãe - cinéfila - declarou que sentia muita falta de ir ao cinema após o nascimento de seu primeiro filho. O grupo organizou-se e 10 mães com seus bebês - entre 20 dias e 4 meses de idade - “invadiram” um cinema para a primeira sessão - batizada de CineMaterna, em fevereiro de 2008.
O programa foi um sucesso, e o encontro de mães e bebês virou uma atividade semanal dessas mães, que entre amamentação e fraldas conseguiram retomar sua vida cultural e, ao mesmo tempo, conversar sobre a experiência da maternidade.
Após alguns meses, o grupo foi acolhido pela rede de cinemas, que reconhecendo o valor desta iniciativa, lançou em agosto de 2008 a estréia oficial da 1ª sessão amigável para bebês.
Em 26 de agosto de 2008, foi fundada a Associação CineMaterna, uma empresa social, sem fins lucrativos.
CineMaterna são sessões de cinema para mães (pais e acompanhantes) com seus bebês de até 18 meses, seguidas de bate-papo em local próximo. Os filmes são para entretenimento dos adultos e as salas de cinema são cuidadas para acolher os bebês com conforto: som reduzido, trocador na sala, ar condicionado menos frio, ambiente levemente iluminado.

Agora teremos sessões de Cinematerna em Curitiba, no Cinema Unibanco Arteplex, no Shopping Crystal.
A sessão de estréia será no dia 28 de janeiro.
Se você quer participar, cadastre-se no site http://www.cinematerna.org.br/ para receber seu ingresso.

E aí, vamos?


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Preparando a papinha... Ai, que medo!!

Depois de muito "chororô", Ana Clara dormiu e consegui dar um jeitinho na casa. Fui preparar o almoço dela, porque, quando ela acordar, vai estar com fome com certeza. E... Enquanto preparava a papinha dela eu fiquei lembrando: NUNCA soube e NUNCA gostei de cozinhar. Quando a Ana começou a comer eu começei a me apavorar "Meu Deus!! E agora? Eu não sei cozinhar!! O que vou fazer pra ela comer?" Aí, li muito sobre a introdução de alimentos e pesquisei algumas receitas de "papinhas para bebês". Acabou que nem dei muita bola pras receitas... E hoje até me surpreendo com as papinhas que eu mesma preparo pra ela.
No início, eu não misturara nada, dava uma coisa de cada vez (pra ver a aceitação dela com cada alimento), não temperava com nada. Hoje já faço umas misturas "mirabolantes", mas nunca coloquei sal nem açúcar em nada que dei pra ela. Nas papas salgadas tempero com salsinha e cebolinha.

Ouvi falar que quando o bebê começa a comer, o sono melhora. Minha cunhada disse que a Daniela teve muita cólica, gases e não dormia direito quando começou a comer.
Mas a Ana não teve nada disso: o sono dela continuou igual, o intestino funciona que é uma beleza!! É lóóóógico que eu cuido muito com o que dou pra minha filha, não fico dando qualquer coisa "só pra ela sentir o gostinho" (como ouço e vejo muitas mães fazerem, e que acho um absurdo! Então, se eu tiver tomando cerveja na frente da minha filha e ela ficar olhando demonstrando "vontade", eu vou dar pra ela "só pra ela sentir o gostinho"??).
Só uma vez que, por ainda não ter uma frasqueira térmica pra levar a comida dela quando fomos sair, acabei dando dessas papinhas prontas que compramos em qualquer farmácia ou no mercado (bléééé!! muito ruim!! não recomendo!!).

Hoje preparo a comida dela sem medo. Cada dia invento uma coisa diferente. Faço sempre em pequenas quantidades, rende uns dois ou três potinhos: um deles dou pra ela na hora e o(s) outro(s) ponho no congelador. Não gosto muito de congelar a papinha dela, mas também não vale a pena fazer uma porção menor do que eu faço.

Me sinto orgulhosa de mim. Pode ser que a maioria das mães não tenham essa dificuldade, mas pra mim é uma superação. Hoje eu até gosto de cozinhar (não muito, mas gosto. rsrsrs).

Com licença, que tem alguém aqui chorando de fome...

Imagem: arquivo pessoal. Ana Clara comendo manga.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Domingo de sol... domingo de festa!!

Ontem, domingo, fomos numa festa de família (parentes da família do Rapha, por parte da minha sogra... meu Deus!! Quanta gente!!). Foi numa associação lá no São Braz. Muita comida, bebida, petiscos e conversa. O sol inesperadamente apareceu e nos oferecu um dia lindo mas não tão agradável (muuuuito quente). A "homarada" foi jogar futebol (O Rapha? não... não jogou. Ele não é muito chegado num futebolzinho).

Além da Ana, tinha mais um bebê, de 4 meses, a Rebeca (ela já é maior que a Ana, gordinha e com umas bochechas enooormes). Quando perguntei quantos meses tinha a Rebeca, me assustei pelo tamanho dela, e logo percebi que a mãe não amamentava no peito. Conversando com a mãe, ela me contou que quando a Rebeca nasceu, ela não pegou o peito. Disse que insistiu durante 20 dias pra fazer ela mamar, mãs não conseguiu. Então é só na mamadeira. Ela até esgotou o leite dela durante um tempo, mas como não tinha estimulação, o leite diminuiu muito e, então, é só NAN mesmo. Ai... fiquei com dó dela. E do bebê.



Ahhh. Sim, o Bernardo também estava lá (primo da Ana, sobrinho do Rapha). Bernardo já está com 14 meses, andando bastante, muito esperto. Mas ontem, especialmente, estava doentinho, com gripe, só colo, colo, colo. E só serve o colo da mãe. Depois a Carina (mãe do Bernardo) levou ele no posto 24h.

A Ana ficou, inicialmente, no meu colo e no do Rapha. É muito dificil ela ficar a vontade no colo de outras pessoas que ela não conheça. Logo chora e "se atira" em meus braços. Aí, eu (uma pessoa sempre muito prevenida) que não tenho carro pra levar um carrinho de bebê, estendi uma toalha e uma canga de praia, montei um "acampamento" debaixo de uma árvore, espalhamos os brinquedos e ali ficamos. Foi ótimo.Ficamos meio longe de onde seria servido o almoço, onde estavam todos da família, mas a Ana Clara não está acostumada com um monte de gente, muito barulho... Então ficamos por ali, na grama escutando os passarinhos... Dei a papinha pra ela (couve, batata e berinjela... hummm!! que delícia), brincamos um pouco e o sono chegou... Amamentei e logo ela dormiu em meus braços. E o que mais me surpreendeu foi que ela dormiu no chão (ela nunca dorme fiora de casa sem ser no sling): o Rapha dobrou o sling e esticou no chão e coloquei ela ali e ela ficou.

Dali a pouco tivemos a compania do primo Bernardo, da Carina, do Diego e do Juca (respectivamente: mãe, pai e padrinho do Ber). E a Ana continuou dormindo!! Foi quando finalmente consegui almoçar. Quando a Ana acordou, brincou mais um pouco e resolvemos ir embora. Pegamos o ônibus, descemos na praça Tiradentes e fomos pra casa... nesse caminho a Ana dormiu novamente.

Ana Clara está crescendo , o tempo está passando e ela esá mudando. Cada dia uma conquista, cada dia mais linda e me trazendo muita felicidade. Nesse momento ela tá aqui embaixo da minha cadeira, depois de muito engatinhar, choramingando porque quer um colinho.


Te amo, filha. Te amo demais.

Imagens: arquivo pessoal.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ana Clara: famosa e cheia de graça

Quando descobri que estava grávida, Rapha e eu, entre tantas outras coisas, começamos a pensar no nome do neném. Menina: Gabriela (sugestão minha) ou Ana Clara (sugestão do Rapha). Ana Clara? Não... Minha vida inteira 'jurei de pé junto' que, quando tivesse um filho NÃO TERIA NOME DUPLO. Por quê? Sei lá... Birra gratuita aos nomes duplos... E se fosse menino? Não tínhamos sugestão nunhuma.

Quando fui fazer a segunda ecografia, quem me acompanhou foi a minha mãe. Obviamente quis gravar essa eco... Quando o médico disse: "é uma menina!! Que nome escrevo aqui?". Eu já disse: "Ana Clara!! Não, não, não... quer dizer, não sei. Não coloca nada por enquanto". Depois que a eco terminou, perguntei pra minha mãe: "e aí, que nome escolhemos? Ana Clara ou Gabriela?". E ela, muito sabida das coisas me convenceu: "Olha Isa, 'Gabriela' rima com 'Isabella', 'Daniella' (nome da prima)... Parece que foi escolhido por esse motivo. Eu escolheria Ana Clara". E assim foi decidido. Ana Clara: um nome lindo, delicado e cheio de significados graciosos.

ANA

De Ana, nome de horigem hebraica

Que significa "cheia de graça"

Quanto mais quer, mais a querem

Nunca falta a um compromisso

Desfrua de tudo um pouco

Depois de um tempo ocioso, fica mais produtiva

Uma pessoa desinteressada e agradável

Espera o bem do próximo e assim recebe

Alimenta não só o seu corpo

como também sua mente


CLARA

De Clara, nome de horigem latina,

que significa "famosa"

Sabe cuidar de sua família e amigos

Mais vale prevenir que remediar

Sabe que para ser uma boa chefe não é preciso ser injusta

Crê na amizade acima de tudo

Tem uma energia extraordinária

Sua cor preferida é a branca

Sempre oferece uma segunda oportunidade


Retirei esse texto de um quadro que meu pai fez pra Ana, pra gente pendurar no quarto dela, sei lá... Aí fico eu pensando: será? será que ela é tudo isso que diz o nome? e se tivéssemos optado por Gabriela, ela teria outra personalidade? Será que ela vai ser famosa só porque eu escolhi esse nome pra ela? Será que ela vai gostar mais do branco do que do preto?

Juro que não pensei no significado do nome antes de afirmármos a nossa escolha. Queríamos somente um nome agradável e simples (sem peagás, dois éles, ypsilons e agás no meio do nome).

Se isso vai afetar ou não na personalidade dela, na escolha profissional ou na preferência da cor, tanto faz. Não temos como saber. Mas não deixamos de imaginar... Esses dias, estávamos nós 3 passeando no centro de nossa cidade ecológica, e pensando no futuro da Ana. Imaginamos ela pedindo pra nós: "mãe, pai: quero fazer parkour!". Que engraçado... ficamos um bom tempo 'pirando' e imaginado diálogos entre pais e filha. Foi divertido. Só tenho medo que esse tempo passe muito rápido, por isso tento aproveitar ao máximo cada minuto. Aliás, acho que vou agora mesmo ali brincar com ela, vê-la engatinhar até o controle remoto, babar pelo chão e pegar meu chinelo.

Imagem: arquivo pessoal. Ana Clara no berço dia 16/10/2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Novas conquistas... e o tempo passando...

Eu a e Ana estamos passando por uma fase muito delicada: "a crise dos oito meses" (aliás, nesse próximo domingo ela completa 8 meses). Nooossa. Que difícil. Colo, colo, colo... Quase oito quilos de muita beleza e gostosura, mas minhas costas estão começando a reclamar. Sim: eu uso sling, mas não consigo fazer tudo com ela grudada em mim. Odeio deixar ela choramingando no chão, mas eu preciso cozinhar, fazer o almoço, tomar banho... E se eu sento no chão pra ficar com ela, também não dá: ela vem engatinhando e vai 'me escalando' até conseguir um colo.

ENGATINHANDO? Siiiim! Hoje ela começou a engatinhar. Noooossa. Chorei. Que linda!!
Como é gostoso ver esse desenvolvimento de nossos filhos e, o melhor: estar presente.

Ana Clara passou por um salto de desenvolvimento a poucos dias e claramente se observa novas conquistas. A "fala" ganhou novos fonemas (muito engraçados!!). Conquistou uma noção muito boa de espaço e direção (quando ela ouve alguém falar no corredor do prédio, já olha em direção à porta... talvez com a esperança de alguém chegar). Falando em "porta" ... É só escutar o barulho da chave na fechadura, ela começa a dar seus gritos de felicidade!! Ela ADORA ver a porta abrindo, tanto quando vamos sair, quanto quando alguém chega aqui em casa. Os olhinhos chegam a brilhar. Há alguns dias, ela aprendeu a sentar sozinha: coloquei ela deitada pra trocar a fralda e deixei ela ali e fui pegar o trocador, quando voltei (questão de segundos) ela estava sentada. Agora pouco escutei um chorinho dela pela babá eletrônica e o Rapha foi no quarto vê-la. Ela estava SENTADA (pode?), meio dormindo, meio acordada esfregando os olhinhos...

Além disso, Ana está comendo muito (MUITO) bem. Hoje fiz a papinha salgada para o almoço e não foi suficiente a quantidade que havia preparado. Que choradeira!! Pra complementar, então, dei o peito e ela, então, se acalmou. Ah! Sim. Ela mama também, a mesma quantidade que antes (às vezes até mais) de começar a alimentação sólida. Quando faz calor (como tem feito essas últimas semanas) é peito de hora em hora!! Ela transpira demais, então perde muito líquido e, por isso, sente muita sede. Não dou mamadeira (nem pretendo dar, mas sim, copo de transição), ela ainda não toma nada além do leite materno. Daqui a pouco começo a introduzir água e sucos (mas, como sempre, sem pressa).

E assim a Ana vai crescendo e conquistando o mundo. Me ensinando muito da vida, fazendo me sentir mamífera, mulher, mãe.

Te amo, filha.
Imagem: arquivo pessoal. Ana no sling sendo esmagada pela mamãe. Foto de Daniel Isolani.