sábado, 30 de janeiro de 2010

Retomando a vida social


Desde que eu e o Rapha nos conhecemos, entre muitas outras coisas, nos identificamos por curtir um programa caseiro. Certamente que gostamos de tomar uma cerveja com amigos no bar, ir ao teatro, ver um bom show de música, ir ao shopping, no cinema... Mas a preferência muitas vezes foi ficar em casa, ver um filminho, fazer um jantar diferente, ou fazer programas bem 'ligths'... Só nós dois, com a família ou com amigos.

Muitas pessoas (que não nos conheciam muito bem, ou que não souberam curtir os primeiros anos de vida do seu filho) diziam "aproveitem pra sair agora, porque depois que o bebê nasce... Esqueça!! Nunca mais!!"
Já conheci algumas mães que sofreram um tanto com isso, mas eu e o Rapha... Nós gostamos muito de ficar em casa e curtir ao máximo a nossa pequerrucha!! Já saimos algumas vezes com a Ana, fomos ao teatro, gostamos muito de ir num parque, fomos em shows, algumas vezes até tomar uma cervejinha no bar... O tempo do 'evento' é reduzido, não dá pra ficar hooooras batendo papo, tomando altas beras... logo temos que voltar pra casa pra trocar uma fralda, amamentar e fazê-la dormir. Mas dá, perfeitamente, pra sair e curtir um bom passeio em família. Até uns dois meses da Ana eu ia no salão de beleza com ela, pintava as unhas e ainda fazia escova no cabelo!! E a maioria das vezes a pequena dormia o sono dos justos no sling (mas... depois que a Ana começou a crescer e perceber que o sling era sinônimo de passeio e o pescoço dela virava pra lá e pra cá pra ver as pessoas, os carros na rua, as árvores e as nuvens... aí não deu mais pra ser tão vaiodosa e fazer as unhas toda semana. rsrs).
E nós não acreditamos no "nunca mais!". A vida muda - e muito - com a chegada de um bebê, isso é certo, muitas coisas não voltam a ser como antes. Mas a presença da minha filha não me impede de voltar a uma vida social agradável e divertida. É diferente, mas não é pior de maneira nenhuma. Pelo contrário: quando o Rapha está trabalhando, eu saio, vou ao shopping, ao mercado, fazer uma passeio numa praça, num parque e sempre com uma ótima companhia, minha filha.
Nos primeiros meses de vida da Ana evitamos de sair sim, mas tinha um motivo: Influenza H1N1 (a gripe do porco! rsrs). Achei melhor evitar mesmo, e assim curtimos bons momentos com a família, almoços de domingo, assistir desenho com a Daniela, tardes de sábado com a vovó... Foi bom. Quando a Ana completou uns cinco meses e a 'epidemia' da tal gripe parecia ter passado, voltamos a sair mais com a pequena.
Nessa semana (depois do 'episódio' do monstro invisível) conseguimos dar uma saída de casa e passear com a Ana. Quarta-feira fomos numa apresentação do Circuito OFF da oficina de música: um duo de baixo e voz com Wille Gonzalez e Micaela Vita, às 19h no teatro da Caixa. Foi ótimo. A Ana curtiu a apresentação, mamou e dormiu. Fomos pra casa e ela continuou dormindo até o horário da próxima mamada, à meia-noite.
Na quinta-feira foi a estréia do cinematerna aqui em Curitiba. Não dava pra deixar de ir!! Fomos só nos duas, Ana e eu (o Rapha estava com dor de cabeça). Estréia da Ana no cinema. AMEI! Encontrei várias amigas com seus bebês (Jul e Daniel, Lu e Aysso, Bruna e Valentin, Maria Claudia e Tomas, Fernanda e Heitor...), conheci outras mães (e pais), colocamos a conversa em dia... De quebra, assisti uma comédia romântica com a Ana (a maior parte do filme) dormindo enrolada no sling. Ao final do filme, o Rapha foi nos buscar e acabou conhecendo pessoalmente o fofo do Joaquim e reencontrando Aline e Ismael.



E assim que a chuva dá uma trégua, eu pego a Ana, enrolo no pano e dou uma saída( antes que a gente vire sapo!!). Retomando a vida social e conhecendo uma nova vida de mãe, de outras mães e curtindo cada dia mais a filhota.


Cinematerna em Curitba



segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Um monstro invisível...


Domingo, dia 17 de janeiro... Logo que chegamos de viagem, demos banho na Ana e ela 'capotou'!! Eu e o Rapha jantamos, e não demorou muito pra irmos deitar. A babá-eletrônica estava ligada, como sempre, mas ouvimos uma tosse estranha da Ana. Quando fomos conferir... Ela tinha vomitado!! e muito!! o berço inteiro coberto de vômito de mamão... e a Ana com uma carinha de assustada. Bom. Tentei ficar calma e pensar porque aquilo poderia ter acontecido. Arrumamos tudo, e colocamos a Ana no outro berço. Resolvi dormir no quarto com ela. Durante aquela noite a Ana vomitou mais umas 3 ou 4 vezes. Aí começou a 'bater' um desespero. Medimos a temperatura: 37.5 graus. Ai ai ai... Praticamente não dormi. Não sabia se dava o seio pra ela mamar... mas quando ela terminava de mamar, não demorava muito ela voltava a vomitar.

Segunda-feira de manhã liguei pro pediatra da Ana e ele só me pediu pra fazer os exames que ele havia pedido na última consulta (que foi na sexta-feira, um pouco antes de eu sair de viagem. A Ana não tinha ganhado peso nos últimos 2 meses, então ele me pediu pra fazer exame de sangue e de urina na Ana). Minha filha estava exausta, fraquinha e com um pouco de febre! Eu ia fazer exames de sangue e urina nela? Nem pensar!! Eu queria e tratar daquilo que estava acontecendo com ela na quele momento.

Como não gostei muito da postura do pediatra, resolvi então ligar pro homeopata. Ele me receitou uma homeopatia pro vômito e disse pra ficar calma e ligar sempre pra mantê-lo informado. Além da homeopatia, eu dava soro caseiro e, de vez em quando, o seio. E foi assim até anoitecer. A Ana vomitou mais umas três vezes durante o dia, ficando cada vez mais fraquinha. O homeopata me ligou umas 21h pra saber como estava a situação. Logo que atendi o celular, a Ana tava no meu colo e vomitou mais uma vez. Ele sugeriu então que eu levasse ela pro hospital, pois ela estava cada vez pior.

Chegamos no hospital, a Ana enrolada no sling dormindo - de fraqueza - e logo fomos atendidas. O pediatra examinou e constatou que era um ROTAVÍRUS!! Receitou um soro, um remédio pro vômito e outro pra febre, mas este só se passasse de 38 graus. Ele disse que o ciclo do rotavírus iria durar mais uns 5 dias, e quando ela parasse de vomitar , ela ia ter diarréia, e não teria nada o que fazer, senão ficar atenta a febre e a quantidade de vômitos.

Voltamos pra casa, compramos os remédios e lá se foi mais uma noite com a Ana alternando entre o berço, o colo e a minha cama. Durante a noite, a Ana não vomitou. Quando amanheceu ela estava com fome e pedia ansiosa pelo meu peito. Quando achei que estava tudo mais tranquilo, ela mamou mas não demorou muito pra ela vomitar novamente. Aí eu fiquei bem assustada: ela estava pálida e MUITO fraquinha, fechava os olhos como se fosse desmaiar!! Meus Deus!! Me arrumei em dois minutos e por pouco não fui correndo pro hospital. Mas minha mãe, que estava com ela no colo naquele momento, me acalmou e disse que achava que ela estava melhorando e tínhamos que manter a calma. Resolvemos ficar.

Depois disso a Ana não vomitou mais, mas não queia saber de comer nada nem o seio ela queria muito. Não insisti. Continuei com o soro e a homeopatia. No meio da tarde começou a diarréia. Coitadinha... Não queria saber de outra coisa senão o colo da mamãe ou da vovó.
Eu e a minha mãe nos revezávamos pra cuidar da Ana e lavar roupas sujas de cocô e vômito de nenê. Eu quase não parava em pé, estava exausta, mas isso não importava, eu queria mesmo era cuidar da Ana.

Quarta-feira ela já estava melhor, mas não 100%. Ainda não comia muito bem, mas já mamava com gosto. Ainda estava com diarréia, mas não estava mais pálida e fraquinha. Já dava sorrisos e demostrava uma grande melhora no ânimo.
Aí o Rapha e a minha mãe começaram a passar mal. Os dois 'pegaram' o tal do monstro invisível também!
E eu? Nada!! Não contraí o vírus. Graças a Deus!! Estava exausta sim, mas MUITO feliz pela recuperação da Ana. Foram dias terríveis, mas hoje me sinto aliviada, tranquila e mais 'forte' como mãe.

Chegamos ao final de semana recuperados do susto. Fomos almoçar na vovó Iara no domingo, e no meio da tarde fomos passear no Jardim Botânico: Ana Clara, Rapha, eu, minha mãe, minha tia, meu irmão, minha cunhada e minha sobrinha (feliz aprendendo a andar de bicicleta).
Hoje levei a Ana numa consulta com o homeopata. Está tudo bem. Ele só receitou uma homeopatia pra Ana dar uma recuperada no peso que ela perdeu na semana passada por conta do rotavírus. Por que não levei ao pediatra? Estou à procura de outro.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A primeira viagem...

Estava ansiosa pra mostrar o mar pra Ana...
Neste último fim de semana fomos pra Camboriú na casa do meu vô... E dá-lhe bagagem pro bebê: roupas, fraldas, slings, berço, colchão, travesseiro, roupa de cama, babá-eletrônica, máquina fotográfica, brinquedos, balde do banho... ufa! Sem contar as minhas coisas... Fomos: Rodolfo (cunhado querido), Carol (mana), eu e a Ana.
Enfim, a viagem foi ótima: 3horas e a Ana naquele soninho gostoso no bebê-conforto... Chegamos lá e já eram umas 22h30... dei uma banho na Ana e ela voltou a dormir. Nem deu tempo de conversar com o vô... tudo bem, ficou pra depois.

A noite foi tranqüila, a Ana não estranhou o barulho do mar constante, acho que até curtiu, só acordou uma vez pra mamar e 6h30 estava de pé no berço louca pra sair dali e brincar, mamar, engatinhar... O tempo não estava lá grandes coisas, meio dublado, mas o mormaço até que foi convidativo. Fui caminhar com a Ana no sling na praia... Me senti quase uma atração de circo... não tinha 'um' que deixasse de olhar pra nós... Depois fomos fazer uma visitinha pro Rodolfo e pra Carol... Saindo de lá, fui procurar fralda – dessas especiais pra praia e piscina. R$ 3,90 CADA fralda!! Pode?! Tudo bem, comprei poucas, pois não pretendíamos ficar muito tempo. No meio do caminho a Ana acabou dormindo... Voltamos pra casa do vô, almoçamos (vô, Traudi, Carol e eu). Depois do almoço, o vô nos deu uma carona à Estaleiro (uma praia vizinha), numa chácara para o aniversário do pai do Rodolfo. E a Ana? Dormindo... Achei que, chegando lá, ao tirá-la do bebê conforto, ela acordaria. Que nada!! Coloquei-a no sling e ela continuou dormindo... 2h dormindo no sling e todos perguntando: "ela não vai acordar não?" . Eu estava bem contente por ela dormir bastante, coisa que ela não costuma fazer... Tinha um outro bebê lá também, o Davi de 6 meses. Lindo, gorducho e muito simpático, passava de colo em colo sem reclamar. A Ana fazia isso também (até os 4 meses). Quando ela acordou, pareceu um tanto quanto assustada, vendo que estava no meio de um monte de gente que não conhecia e num lugar estranho. Clááááááro que não quis ir com ninguém. E dá-lhe colo da mamãe (no máximo um colo da tia Carol...). Resolvemos entrar na piscina (havia chovido, então achamos que a água poderia estar agradável). Colocamos a fralda, o maiô – ela ficou uma gracinha!! Mas quando entramos na água... hummm. Ela não curtiu não.

Ficou choramingando e logo tirei ela de lá. Tomamos banho e coloquei uma roupa mais quentinha (voltou a chover e esfriou um pouco). Ela comeu meio mamão papaia e brincou um pouco com os brinquedos do Davi. Já eram 19h quando voltamos pra casa do vô. Na volta a Ana dormiu novamente. Chegando, o vô e a Traudi estavam de saída pra uma reunião de condomínio. Dei mais um banho na Ana e coloquei ela pra dormir. Sozinha naquele apartamento de frente pro mar, fiquei curtindo o som das ondas e sentindo o cheirinho da maresia... 11horas fui deitar.

No dia seguinte (domingo), dei uma frutinha pra Ana de café da manhã, coloquei uma fraldinha de praia e lá fomos nós. Liguei pra tia Carol pra nos encontrar na praia. O tempo não estava bom e a água do mar estava gelada. Mesmo assim não deixei de colocar os pés na água e apresentar (de perto) o mar pra Ana.

Voltamos pra areia e ela, como imaginei, não deixou de experimentar um pouquinho de areia também (sem querer, é claro, foi inevitável: quando vi ela já estava com o potinho da chupeta "à milanesa" na boca!! Eca!!). Foi aí que o 'monstro invisível' atacou!

Voltamos pra casa do vô, tomamos banho, almoçamos e pegamos a estrada de volta pra casa.

Chegando em Curitiba, quase chorei com a carinha de felicidade da Ana ao ver o pai dela. Foi lindo!! Arrumamos as coisas, demos mais um banho na pequena e ela já dormiu. Jantei e não demoramos muito pra irmos dormir também.


Foi então que o 'monstro invisível' começou a se manifestar...

Próximo tópico: o 'monstro invisível'...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

PARA ANA CLARA / DO PAPAI OU PAI ,COMO PREFERIR !


Acho que sou um bom pai ,espero ser!!
Outro dia estava pensando em coisas engraçadas e ao mesmo tempo importantes pra mim ,por exemplo, quando vou poder ensinar o pouco que sei de um bom café, de um bom vinho, de boa comida (ou não), de boa música, de como se comportar na frente das pessoas? Vou ensinar à ela noções de defesa pessoal?(será que ela vai querer saber de tudo isso?)
Queria ser um pai aberto às opiniões da minha filha, mas não sou perfeito! Acho que serei o "tosco" de sempre (talvez mais aberto e "amolecido" pela minha churubebinha, rsrsrs) mas ainda um grosseirão com um pingo de sensibilidade.
Mas quando você, minha filha, ler este texto, se isto for possíveL, quero deixar registrado que vou fazer o possível para criar uma filha forte (física e intelectualmente), que passe como um trator por cima de qualquer pessoa que a desrespeite e que ao mesmo tempo passeie pela terra e pela vida, como uma bela e sensível mulher.
Posso não conseguir ! porque muitas dessas coisas não dependem de mim ! mas querer já é metade do caminho.

Te amo filha (não quero te impor o meu jeito ideal, só quero ser uma palavra bonita num texto seu.)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Mais um ano que passou...

Posso dizer que 2009 foi o ano mais lindo da minha vida (até agora). Neste ano ganhei o melhor presente que alguém poderia ganhar. Ana Clara clareou minha vida, iluminou meu caminho e me mostrou que a vida pode ser muito linda. E nesse ano que passou, aprendi muitas coisas...
Ser mãe é muito difícil, mas muito delicioso
O Rapha é o melhor pai do mundo
Nascimento e parto são duas coisas distintas
Sou muito mais forte física e emocionalmente do que imaginava ser
Conceitos e prioridades de muitas coisas mudaram
Ser mãe não é tudo aquilo que a gente lê nos livros, artigos de revistas... é muito mais
Paciência e carinho são os segredos de toda boa mãe
Trocar fralda, dar banho e cuidar de cólicas de bebê são mais fáceis do que imaginei
Amamentar é uma das coisas mais maravilhosas do mundo
Não ter uma noite inteira de sono pode ser extremamente cansativo e estressante, mas é facilmente recompensada por um sorriso banguela às 6h da manhã
Conhecer e conversar com outras mães é fundamental
Mãe sabe muito mais do seu próprio filho do que o pediatra
Encontrar um bom pediatra não é fácil
Ler e informar-se sobre gestação, parto, trabalho de parto e muitos outros assuntos relacionados faz a maior diferença
Saber que o Brasil é recordista em cesáreas é uma coisa revoltante
Cesárea eletiva é a maior besteira do mundo
Parto humanizado, doula, sling fazem parte do meu novo vocabulário de mãe
Colo não estraga ninguém
O sling wrap salvou a minha vida social (e as minhas costas também)
Assistir a vídeos de partos naturais é muito bom
O enxoval do bebê pode ser reduzido em x% (x=muito) quando conversamos com mães espertas e experientes
Orkut é muito mais do que bisbilhotar fotos e encher a lista de comunidades bestas, existem pessoas muito queridas e comunidades fantásticas neste site de relacionamentos
Ter um blog é fazer terapia
Ser mãe é fazer escolhas e que MUITAS vezes exigem uma "cara de paisagem"
O significado das palavras 'mãe' e 'família' são outros agora
Agora posso dizer que sei o que é 'amor incondicional'

Quando descobri que estava grávida, minha cunhada me escreveu um texto muito lindo... e entre palavras tão lindas ela escreveu:

"Você acha que amou alguém nessa vida a ponto de se dar inteiramente???? Hummm... Não amava, até ontem! Se você pensa que alguém já te fez sofrer por "amor"... HAHAHHAHAHHAHHA... A primeira lágrima de amor verdadeiro, Isa Linda, você vai derramar quando ouvir o primeiro choro de cólicas que nem a mão mágica da mamãe vai conseguir curar. Você vai mentalizar que, naquele momento, a dor deveria ser em você. É... A maternidade é louca mesmo. A gente pede para sofrer no lugar de uma pessoa que você conhece há pouco tempo, mas que daria a vida por ela!"

Obrigada Ana Clara, por me ensinar a cada dia a arte de ser mãe. Te amo filha.