segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

BLOGAGEM COLETIVA - Nós os pais.

Biologica e historicamente deveriamos ser os provedores, os protetores, com o passar do tempo isso virou desculpa, para sermos displicentes com filhos e filhas e até mesmo com as mulheres, particularmente, eu quebrei essa tradição, encarando de frente alguns paradigmas que faziam de mim, "o cara". Ser pai é ser esperto o suficiente para consertar o fogão, mas não esperto o suficiente para convencer sua filha de que ela tem que parar de comer o queijo; é ser forte o suficiente para andar oito quadras carregando uma caixa de 30 kg; mas não forte o suficiente para ficar deitado no chão enquanto, uma criaturazinha de mais ou menos uns 12 kg pula (sorrindo) na sua barriga; é ser inteligente o suficiente para entender e lembrar de coisas que aprendi na quinta série, mas não o suficiente para achar um jeito de fazer com que um bebê faça xixi no penico.
Pai é um camarada que começa a fazer as coisas, todas de novo, de um jeito novo, em prol do novo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Saindo da rotina...

Noooossa... quanto tempo!!
Vamos escrever rapidinho antes que a dona Ana Clara acorde e venha correndo requisitanto intermitentemente a atenção exclusiva da mãe.

Férias. Adoráveis. Na segunda semana de janeiro fomos nós 3 nos aventurar numa semana de curso em uma casa de retiro. Fui fazer um curso em formação em danças circulares durante a semana inteira, todos os dias, o dia inteiro (das 9h às 22h), e o Rapha e a Ana me acompanharam nesta minha nova empreitada.

Fiquei ansiosa pra saber como a filhota iria se comportar todos esses dias sem a atenção da mãe durante tanto tempo, longe da vovó e do vovô, da dinda, das primas.... Enfim. Resultado: fiquei ainda mais apaixonada e admirada pelo comportamento dela durante toda semana: ficou com o papai todo tempo, sem choramingos, se divertindo à beça com outras crianças que também acompanharam seus pais na mesma aventura. Durante as noites ela dormiu super bem, sozinha no quarto ao lado do nosso.

Eventualmente ela me chamava e, quando podia, eu amarrava ela na echarpe e ia lá íamos nós dançar grudadinhas.

Foi muito bom!


Vou confessar que somos daqueles pais extremamente rígidos com a rotina da Ana. Quanto temos algum evento (festa, aniversário, viagem...) e sabemos que vamos ter que deixar a baixinha acordada além do horário, já vamos nos preparando psicologicamente pro chororô. Temos que confessar qua a maioria da vezes (pra não dizer todas!) nos preocupamos à toa, pois a pequena sempre nos surpreende.

Nesta última terça-feira foi a comemoração do aniversário da minha irmã Carol, um jantar na casa da minha tia Ceres. (Para que não sabe, Ana Clara janta às 18:30 toma banho às 19:15 e, mais tardar, às 20 está completamente entregue aos braços de Morfeu). Agora pense num jantar de adultos, que jantam às 21:00 e vão proseando até altas horas... Além disso: pense em uma criaturazinha de 1 ano e 10 meses que não dorme DE JEITO NENHUM se não for no berço dela, em casa ou então num lugar tranquilo sem muito barulho. O resultado foi que a baixinha passou do horário de dormir e ficou tão eufórica que cheguei a ficar preocupada com o nível de cortizol no corpinho da pequena. Voltamos pra casa, demos banho (não tinha como não dar banho, pois a guriazinha tava azeda de tão suada de brincar, gritar e pular no sofá da vovó Ceres). Colocamos ela na cama meia-noite. Pensei: vai dormir até meio-dia!! Que nada: horário de sempre 9:00 estava a baixinha de pé pronta pra brincar. Mas vou confessar que durante uns dois dias ela ficou um pouco estressada, demorou pra voltar à rotina e dormir tranquilamente. Passou esses dias choramingando por qualquer coisa, cheia de chiliques e super chorona na hora de dormir.

Agora já passou. Tudo voltou ao normal.


Aí fico cá pensando com meus botões:
não devemos mais levar ela nas festas?
ela ainda é muito pequena?
mas só de vez em quando, não deve fazer mal, né?
ela vai ter a vida inteira pra sair na balada, então agora devo manter a rotina?
mas se ela não sair da rotina, não irá aprender a dormir tranquilamente quando precisar sair dos horários, né?


Eu e o Rapha não temos problema algum se precisarmos abrir mão de festas e baladas pra manter a baixinha nos horários dela de sempre... A questão é: isso é bom ou ruim pra ela?

Vejo alguns pais que não abrem mão de uma saidinha com os amigos a noite e acreditam que o bebê tem que se adaptar...


Qual é o meio termo?