quarta-feira, 28 de abril de 2010

SLING... por que toda mãe não tem um?

Lembro como se fosse ontem... Durante minha gravidez, frequentei um grupo de apoio à gestação, parto e maternidade aqui em Curitiba. Num desses encontros, o tema foi: transporte de bebês. Falamos sobre cadeirinha no carro, carrinhos de bebê, bebê conforto, e SLING!! Eu até já conhecia esse tal de sling, mas ainda não sabia que existiam outros modelos, senão o de argola. Foi então que conheci a Luciana Lima, que foi ao encontro e fez uma demonstração do wrap sling com sua pequena filha Serena. Lembro perfeitamente da expressão no rosto do Rapha (que sempre que podia, estava lá nos encontros também) encantadíssimo com o tal do pano, saindo do encontro super ansioso para usar um daqueles com a nossa pequena.

E foi assim que eu conheci o tão maravilhoso sling, infelizmente ainda tão pouco conhecido e divulgado na nossa sociedade ocidental.

Bom... pra quem não conhece e não sabe direito do que estou falando:

Mulheres de culturas à volta do mundo utilizam há séculos suas kangas, xales, lenços e capolanas para portar seu bebê e trazê-lo junto a si desde que nascem. Há alguns anos, nos países ocidentais, essa maneira de carregar bebês foi adaptada e passou a ser conhecido como sling.Trata-se, então, de uma releitura dessas antigas "tipóias", usadas por povos de toda a parte do mundo. A tradução da palavra "sling" é exatamente "tipóia". E, cada dia mais, esse tecido que serve como suporte ergonômico de colo para bebês, tem sido bastante divulgado pela sua praticidade e pelos inúmeros benefícios que trazem para a mãe e para o bebê.

Existem alguns modelos de sling...

RING SLING ou SLING DE ARGOLA: uma faixa de pano com um par de agolas numa das pontas, onde a outra ponta do pano passa, formando uma espécie de redinha onde fica o bebê. Para entender melhor, CLIQUE AQUI

POUCH SLING: Quase como o sling de argola, mas sem as argolas (rsrsrsrs...). Para entender melhor, CLIQUE AQUI

WRAP SLING: nada mais é que uma faixa retangular de pano, bem comprida em que o bebê é enrolado (de várias maneiras diferentes) junto ao corpo de que o carrega. Para entender melhor, CLIQUE AQUI

MEI TAI: 'parecido' com os cangurus tradicionais, mas é ergonômico e mantêm o bebê numa posição adequada, com a coluna em 'C', e o apoio das pernas como se estivesse sentado. Para entender melhor, CLIQUE AQUI

Sling só tem benefícios... Quais??? CLIQUE AQUI.

Eu me adaptei melhor com o wrap sling (ou echarpe), mas o Rapha gosta mais do sling de argola, mas também usa o wrap sem problemas. Nós também temos um mei tai, mas quem não gosta muito é a Ana.

O Rapha, há muito tempo, escreveu um post AQUI (bem curtinho e bem legal) falando sobre passear com o bebê no carrinho x slingar. E hoje em dia, fico pensando como seria a nossa vida sem o sling. Não consigo nem cogitar essa idéia. Minha vida social voltou muito mais rápido com o sling, nunca fiquei cansada de carregar a minha filha, muito menos com dor nos braços ou nas costas por conta disso. Minha filha nunca teve cólicas e sempre tirou uma boa soneca enroladinha no sling.

Lembro de um dia que saí de carro com a minha tia e não levei o sling, pois achei que não iria precisar. No fim das contas, fomos dar um passeio no shopping e tive que carregar a Ana no colo: noooossa!! Quase morri de canseira. Depois disso, eu NUNCA mais esqueci de levar o meu querido pano de algodão orgânico.

Algodão orgânico?? SIM!! E viva a vida sustentável. Comprei esse wrap num espaço chamado AOBÄ, aqui em Curitiba. Um espaço voltado para gestantes, casais grávidos e mães e pais com bebês pequenos, e que apóia a maternidade consciente e a vida sustentável, vendendo produtos orgânicos e oferecendo oficinas, encontros, palestras que incentivam uma vida natural, saudável, orgânica, sustentável.... Se ficou interessado no wrap sling de algodão orgânico, também estou vendendo!!! (para saber mais, fale comigo pelo email: isabella.isolani@hotmail.com). Para saber mais sobre a AOBÄ, clique AQUI.

Mas eu também tenho um sling de argola, que ganhei no Natal de 2008, quando ainda estava grávida. Esse sling é da CARINHO DE PANO, que, além de vender os slings, também vende outros produtos para os bebês. Também vale a pena conhecer clicando AQUI.

Mas, se você está lendo esse texto e AINDA NÃO TEM UM SLING, tem receio de comprar e achar que talvez não consiga se adaptar... Dá para experimentar:

SLINGAR E DANÇAR – APRECIAÇÃO MUSICAL COM O BEBÊ NO SLING.

Um encontro semanal voltado para mães e/ou pais que já slingam e para aqueles que ainda não conhecem e querem experimentar essa prática.

Slingar e Dançar: Slingar é o simples ato de ter um bebê carregado num sling, não necessariamente a mãe, pode ser qualquer familiar, amigo e tem até escolas/berçários que já aderiram a essa prática com os bebês. A proposta de aula é um encontro de mães e/ou pais com seus bebês (de 0 a 1 ano) onde será apresentado o sling, seus benefícios, seus diferentes tipos e modelos e como usar. Depois, movimentos simples e coreografados são ensinados às mães e/ou pais com seus bebês no sling, apreciando a música através das coreografias e propiciando um momento de prazer e relaxamento. No último momento de cada encontro, mães e pais terão a oportunidade de trocar experiências e conversar sobre diversos assuntos. Em cada encontro é indicada uma leitura e o assunto é direcionado e mediado pela professora (música, amamentação, sono, alimentação, desenvolvimento psicomotor.. .)

Público alvo São as mães e/ou pais com seus bebês de 0 a 1 ano, mas nada impede que isso seja oferecido também para gestantes, pois o sling pode (e é ótimo para o bebê) ser usado desde seu nascimento. Além disso, serão discutidos assuntos que interessam muito à gestantes também.
É importante lembrar que, se a mãe não tiver um sling, é oferecido um para cada bebê durante a aula.

Onde e quando? No Departamento de Artes da UFPR (Rua Coronel Dulcídio, 638, Batel, Curitiba-PR). Todas às quintas-feiras, das 10h30 às 11h30.

Mapa do endereço, CLIQUE AQUI

Para mais informações sobre SLINGAR E DANÇAR, é só deixar um comentário aqui no blog com seu email, ou entrar em contato diretamente comigo pelo email: isabella.isolani@hotmail.com


Depois de tudo isso, você ainda não tem um sling????

ps. Há algum tempo estou para escrever um post sobre o assunto... e depois que recebi um comentário da Erica num post anterior, resolvi escrever sobre o tão maravilhoso SLING!! Erica... se quiser entrar em contato comigo pra saber mais sobre o assunto, tirar alguma dúvida, fique à vontade. Beijão e obrigada pelo comentário.

Imagem: arquivo pessoal. Dia 16/05/09 - 40 dias de Ana Clara.

domingo, 25 de abril de 2010

MEDO

Nossa sociedade é regida pelo medo. Medo de engravidar e perder o sucesso, medo de não engravidar, medo de perder o bebê, medo do parto, da dor. Medo de engordar demais, medo do bebê não engordar, medo do peito cair ao amamentar, medo do choro, medo do sono, medo, medo, medo.

E quando sentimos medo procuramos por segurança e a tecnologia torna-se um remédio para este mal e um perigoso instrumento quando usado indiscriminadamente. Durante a gestação, por exemplo, são milhares de exames, ultrassom para ver se está tudo bem. Este monitoramento constante é um reflexo de que vemos a gravidez como uma doença, o corpo da mulher como uma bomba relógio pronto para matar o ser que abriga ou se autodestruir.

Nesta busca pelas falhas, deixamos de curtir o momento mágico e transformador que é a possibilidade de abrigar a vida. Precisamos da muleta da tecnologia para ter a sensação da gravidez e saber que tudo está bem. Não foi apenas uma vez que ouvi relatos de mulheres que contam que no final da gestação foram inúmeras ao hospital para saberem se estava tudo bem com o bebê, que já sem espaço, costumam se mexer menos.

E a cesárea é a evolução tecnológica do parto para evitar que perigos aconteçam na hora do nascimento em que a vagina assassina costuma causar sofrimentos ao pobre bebê. Ninguém diz a esta mulher que a cesárea eletiva mata mais do que partos naturais. E ela não quer ouvir, porque nos quatro cantos há berros de medo que ela quer calar passivamente.

Quando o bebê nasce, na cabeceira da cama, o telefone do obstetra é substituído está pelo do pediatra. A mamadeira é um alento para monitorar o quanto o bebê mama, uma vez que com o peito é impossível. A balança vale mais do que ver um bebê magro, porém esperto e feliz. Há números, curvas que os bebês devem seguir com rigor e caso algum saia da normalidade, uma avalanche de investigações tecnológicas são tomadas. E o bebê que engorda no seu ritmo, com leite materno, recebe um leite artificial para voltar nos padrões.

Neste final de semana ouvi a pior das justificativas para uso de leite artificial: dar o peito é coisa de pobre. E a santa ignorância ainda dizia que a Organização Mundial de Saúde faz campanhas e diz que o leite materno deve ser oferecido exclusivamente até 6 meses e no mínimo até 2 anos, pois estamos falando de uma população basicamente de pobres e subnutridos. Essa mulher não amamentou seu filho e tem orgulho de ter dado leite artificial em embalagens que custam nada menos que a bagatela de 70 reais. Salve a tecnologia.

Sem contar que parece que as doenças se tornaram tão comum como as catástrofes ambientais. Perdi a conta de quantas crianças foram diagnosticadas de refluxo oculto, mesmo engordando alguns gramas por mês. Criança agitada já recebe diagnóstico de hiperatividade e vivem a base de medicamentos. Assim como as cesáreas são indicadas pelos motivos mais tolos, a indústria farmacêutica parece ser a mais beneficiada com nossos medos.

Enfim me sinto tão perdida neste mundo tecnocrata. Ainda bem que encontro ecos neste mundo mamífero que acredita que a verdadeira força vem do natural, que o melhor leite e do nosso peito, que as doenças podem ser tratadas com homeopatia.

Acredito que em breve considerarão o sexo perigoso, assim como cesárea se tornou o meio tecnológico de trazer a vida. Para só restará a opção da inseminação para seleção óvulos perfeitos.

No meu interior espero que possamos reverter este triste destino e é por isso que estou aqui. Espero viver para que o dia que a força da natureza volte a ser mais forte que a doença da tecnologia e esta sirva apenas para nos servir quando todos os meios naturais verdadeiramente falharrem.

Kalu Brum
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Este texto foi publicado no blog das Mamíferas, mulheres que não conheço pessoalmente, mas que admiro demais!! Em especial a Kalu, pois sempre me identifiquei com seus textos, suas palavras.
Não tenho tido muita inspiração para escrever aqui no meu blog (e cheguei até a pensar em dar um tempo), mas quando li este texto, resolvi postá-lo aqui, pois também sou partidária dessas idéias e gostaria de deixar isso (mais uma vez) registrado aqui.

Beijos.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A comemoração...

A primeira festa de aniversário... Domingo, dia 11/04/2010 às 15h30. Salão de festas do prédio da tia Ceres.

Pensei um bocado antes de começar a organização da festa. Sou completamente a favor de poucos gastos (mesmo porque não temos dinheiro pra fazer nada muito espetacular, tipo alugar esses buffets infantis e bla bla blás que não tem NADA a ver com a gente), sair do tradicional (não quis encomendar os tradicionais docinhos e salgadinhos cheio de frituras e nada saudáveis) e fiz uma pequena seleção na lista de convidados.
No fim das contas, foi assim: preparei o salão para 50 convidados, 10 mesas cada uma preparada com prato, xícara, copo, talheres para 5 pessoas. No centro do salão, uma mesa grande com as comidas: diferentes tipos de pães, patês, frios (queijo, salame, presunto...), bolachas e pão de queijo. Os tradicionais docinhos foram substituídos por mousses de maracujá e uva, servidos em copinhos de plástico e que ficaram sobre a mesa em volta do bolo. O bolo, sim, não saiu do tradicional: chocolate. Mas enfeitado com flores comestíveis: simplesmente lindo!!

Para beber: água, refrigerante (que da próxima festa vou ver se dispenso) e diferentes tipos de chás (daqueles de saquinho, e água quente em garrafas térmicas). Suco?? até que foi comprado, mas esquecemos de servir, dá pra acreditar?? Acontece...
Lembrancinhas?? Fiquei na dúvida se fazia ou não... Acabei fazendo um pacotinho com doces coloridos, bem simples, mas bonitinho. Nada de ímã de geladeira com a foto da aniversariante... Não mesmo!!
A preparação: dividimos as tarefas, é claro. Como não temos dinheiro pra encomendar tudo pronto, a maioria das coisas foi feita por nós. Eu e minha mãe fizemos os mousses e o pão-de-queijo. Minha sogra querida fez os patês deliciosos e o cunhado querido fez o bolo maravilhoso. Eu comprei os frios, os pães e as bolachas (da "Casa das Bolachas"... hummm!! delícia!!). A decoração: meia dúzia de bexigas cor-de-rosa e roxas em forma de flores. E só. Pra dar uma "cara" de festa de criança... porque, pelos comes e bebes e pela preparação do salão de festas, acabou ficando com cara de um café colonial chique!! Muito elogiado, por sinal. rsrsrsrs...
Uma coisa que não vou "abrir mão", da próxima vez, é de contratar alguém pra cuidar das comidas... Porque acaba sobrando sempre pra minha mãe, tadinha, que quase não aproveita a festa por conta disso.
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Esses dias me arrisquei escrevendo um post aqui (mas não postei) falando das minhas previsões para a festa. Uma dessas previsões foi que Ana Clara ficaria irritadíssima durante a festa - assustada com o monte de gente querendo pegá-la no colo, etc -, que não aproveitaria nada e que eu e o Rapha ficaríamos nos revezando do salão de festas pro apartamento pra ficar cuidando da filha dorminhoca.
Bom... O que realmente aconteceu: quando o horário da chegada dos convidados foi se aproximando, a Ana foi ficando com sono... O Rapha foi fazer a aniversariante dormir no apartamento enquanto eu terminava de pendurar algumas bexigas e recepcionava os primeiros convidados. Não sei quanto tempo foi essa soneca da Ana (não foi muito), mas foi o suficiente para ela recuperar a energia e me surpreender até o final da festa.
Quando a Ana Clara acordou, sua dinda (minha cunhada, Luciana) foi atendê-la e levou-a até o salão. A pequena chegou meio assustada, quietinha... mas por pouco tempo: logo que viu a prima Daniela já pediu para ir pro chão brincar. E brincar, e brincar, e brincar, e brincar, e brincar... Lembra da previsão que eu fiz? Se eu fosse cartomante, estaria na miséria.
Rapha e eu estamos até agora falando e comentando da nossa alegria por sentir que nossa filhota aproveitou muito sua festa. E muito mesmo.
Obviamente não foram todas as pessoas que convidei, mas fiquei muito feliz com quem esteve lá. Todos muito queridos!! Muitos presentes, roupinhas lindas e brinquedos que a Ana já curtiu durante toda a festa. E o meu temido momento do "parabéns"?? Ana Clara ficou no meu colo, olhando para todos com uma carinha de assustada, mas deslumbrada com aquele monte de gente cantando aquela música e todos olhando para ela. Só quando terminamos de cantar que ela resolveu bater palmas!! Rsrsrsrs... Linda!! Lá pelas 18h30 demos a janta pra pequena (no meio da festa mesmo) e deixei ela curtir mais um bom tanto da festa. Mas chegou um horário que o sono já foi se manifestando e ela não se entregava. Já eram umas 20h45 e, mesmo tendo uns três convidados ainda no salão, me despedi e fui levá-la pra casa, dar um banho e colocá-la na cama. Rapha, minha mãe, minha tia ficaram lá organizando as comidas e as louças... Mas logo voltaram pra casa e fomos todos dormir, cansados mas satisfeitos.

Obrigada à todos.
Rapha, por aturar meus chiliques e ansiedade por achar que não vai dar tempo, ou não vai dar certo.
Mãe (idem). E por ser essa mãezona sempre à postos pra tudo. Tia Ceres, que me surpreendeu por não ter deixado de viajar pra ajudar na organização de tudo.
Iara, minha sogra querida, que também está sempre ajudando e apoiando nossas idéias.
Diego, cunhado querido, que mesmo sabendo que não poderia comparecer, preparou o bolo com todo o carinho do mundo.
Lu, cunhada linda. Grávida de 6 meses, com um baita barrigão, sem ter dormido NADA na noite anterior à festa, estava lá, comigo, às 10h da manhã me ajudando a terminar as lembrancinhas e arrumando o salão de festas, enchendo bexiga com toda felicidade do mundo!! Daniel, meu irmao querido, pelas fotos MARAVILHOSAS!! Obrigada às todos os familiares e amigos que estão sempre junto da gente, nos apoiando, nos ajudando e acompanhando essa nossa jornada de pais corujas e babões por essa princesa que alegra nossas vidas todos os dias!!

Beijos felizes da mamãe coruja.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

UM DE CADA VEZ !!!

Oi Ana...

Aqui é teu pai. Sei que não escrevo muito, mas não é por não querer deixar os seus momentos registrados, mas é que ás vezes, os quero só pra mim. Deixo aqui registrada a minha alegria-tristeza de ter em meus braços a minha menina que a pouco necessitava de ajuda para manter a cabeça erguida e que agora já quase anda. Não quero que ache que não estou gostando do seu desenvolvimento pleno, mas é que sinto que JÁ estou perdendo você para o mundo.
Mas o assunto não é esse, e sim, o dia que você completa um ano de convivência comigo e com sua mãe (tirando o tempinho na barriga rsrsrsrs, devidamente aproveitado também). Nesse dia eu trabalhei pensando que queria te dar parabéns pelo telefone e que você do outro lado me dissesse "ah, pai, muito obrigado, que pena que você está ai trabalhando, mas de noite eu te espero pra gente comer umas porcarias...", mas nesse primeiro níver essas coisas não existem ( mas eu queria hehehehe).
Obrigado filha, por nesse um ano, ter me tornado uma pessoa melhor, um homem de verdade e como diz sua mãe, simplesmente um mamífero com sua cria .

terça-feira, 6 de abril de 2010

A primeira volta ao redor do sol

Hoje minha filha completou 1 ano de vida.
Há um ano nasceu nossa flor, nossa pedra preciosa, nossa estrela, nossa luz. Uma vida que me fez mulher, mãe, mamífera.

Já temos saudades daquele serzinho miúdo que, há um ano, deixou meu ventre para meu colo. E durante alguns bons meses esse foi seu lugar preferido e mais procurado: próximo ao cheiro e calor do meu colo, do meu peito.
Meses que passaram muito mais rápido do que se imagina, mais do que os corações saudosos de pais corujas e babões podem aguentar.

Hoje essa linda estrela completa sua primeira volta ao redor do sol. Uma estrela que, para nós, brilha ainda mais que o sol, ilumina nossas vidas, nossos caminhos e aquece nossos corações.

Ana Clara, nossa luz, nossa claridade, nossa vida.

Parabéns filha. Nós te amamos.

Isa mãe, Rapha pai.

ps. Hoje tive uma aula de Ikebana, e todos os alunos tiveram a oportunidade de fazer uma meditação ativa montando um arranjo de flores. Ao final nós poderíamos dar um nome para nossos arranjos. O meu foi "Clara".

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Diário da semana [2]

Semana cheia de novidades... eventos, aulas, festas... Tudo de bom. Pra finalizar, um início de feriado maravilhoso.

Domingo, 28/03/2010...
Reunião de família na casa da minha tia às 18h30. Levar ou não a Ana? Beeeem no horário da rotina janta-banho-cama. Decidimos previamente não levar, com certeza. Pensei até em ligar ANTES pra minha tia pra avisar que a sobrinha-neta dela não compareceria à reunião. Esqueci. Chegando lá (sem a Ana), já esperava o espanto:

- e a Ana, cadê?
- Pois é, tia... ficou em casa, com o Rapha...
- ahhhhh... mas POR QUÊÊÊÊ?
-ainda não dá pra tirar a Ana dessa rotina da noite, tia. Senão ela fica chatinha, com sono e, vc sabe que ela não dorme fora de casa ainda, né?!

Preso muito pelo bom sono da minha filha. Ela ainda nem tem um ano, e dificilmente dorme fora do ninho dela. Não dorme no carrinho, muito menos no bebê conforto. E jamais colocaria ela em cima de uma cama sem que eu estivesse junto - ela se mexe demais e facilmente cairia da cama. Um colchão no chão? também não dá. Já tentei: e, pelo mesmo motivo anterior, ela se mexe demais e logo estaria no chão e, portanto, não dormiria. No sling? Dá pra imaginar um monte de gente conversando e um bebê dormindo no meio da conversa? Até existem bebês assim, mas a Ana está longe de ficar sossegada numa situação dessa. Acho que até se entregaria ao sono, depois de muito choro, irritação e mesmo assim não relaxaria completamente.
Quer saber a verdade? Eu queria poder conversar tranquila com as pessoas, poder rir, brincar com minha sobrinha, fofocar com minha cunhada... Curtir a família sem ter que estar preocupada em fazer minha filha dormir. Sabia que em casa e com o Rapha ela estaria bem e dormindo tranquilamente. Claaaaro que eu queria que o Rapha estivesse junto, mas são as escolhas. E nós concordamos que esta era a melhor.
A reunião foi gostosa, tranquila... conversas agradáveis. Tudo de bom.
Minha tia preparou uma lembrancinha de páscoa para as sobrinhas-netas: uma cesta com ovinhos coloridos recheados de doces. Uma cesta pra Daniela e outra pra Ana Clara. Pra Ana????????? Ou pra mim e pro Rapha??? Enfim. Tá aqui em casa a tal da cesta. Vou abrir os ovinhos qualquer hora dessas, comer uns docinhos e estragar a minha dieta. Os ovinhos são de plástico coloridos, acho que a Ana vai adorar os "brinquedos" novos... rsrsrsrs.

Terça-feira, dia 30/03...
Pensei pensei... estudei, li artigos, fiz enquetes com outras mães... e acabei vacinando a Ana contra a tal da gripe H1N1. Foi rápido: cheguei no "Mãe Curitibana", peguei uma senha e fui atendida em menos de 10 minutos. Entramos na sala pra vacinar e saímos em menos de 1 minuto. Quando saímos da sala duas mães, que estavam esperando, perguntaram: "ela tomou a vacina? e ela não chorou?". Pois é... acho que nem deu tempo de ela pensar em chorar.
Saindo de lá, passei num brexó infantil e a dona da loja, logo que me viu, disse: "estão falando desse negócio aí na tv...". Estava passando uma reportagem sobre sling.
Assisti a reportagem (enquanto a Ana mamava) e depois voltamos pra casa.

À tarde fui na AOBÄ. Eu e minha cunhada (Luciana). Tivemos uma conversa looonga com a Lu (da AOBÄ) sobre a escolha do parto, a influência da família, marido... Adorei. E, durante essa nossa conversa de quase duas horas, a Ana ficou brincando tranquila ali com a gente. Uma princesa. (mãe coruja? babona? eu?? imagina...).
Quarta-feira, dia 31/03...
Palestra sobre Pedagogia Waldorf, às 19h na Reitoria. Simplesmente fantástico. Palestrante ótimo, anfiteatro lotado e ouvintes atenciosos.
No final, algumas perguntas boas, outras bestas, outras completamente dispensáveis. Curioso ver a dificuldade de certas pessoas entenderem a antroposofia. Mas, pensando melhor, a antroposofia é mais prática - e muito pouco teórica pra se fazer entender.
Então, pra quem se interessar, "Portas Abertas" em maio na Turmalina.
Quando fui no "Portas abertas" do Cordão Dourado, adorei. Até fiz um post aqui.

Quinta-feira, dia da mentira...
Aula de musicalização infantil. Não levei a Ana. Aliás, decidimos não levá-la mais, pelo menos esse semestre. Ana Clara anda bem dorminhoca e ainda não deixou sua sonequinha da manhã, que acaba sendo beeem no horário da aula. Preferimos respeitar seus horários e necessidades e deixá-la dormir tranquila sem interrupções.
À noite fomos na festa de casamento de um casal amigos meus. Ana Clara ficou aos cuidados da tia Carol e da vovó Clelia. Rapha e eu fomos à festa. Foi ótimo. A festa estava LINDA e os noivos radiantes. Reencontramos amigos, falamos muita besteira, demos muitas risadas e já combinamos um encontro (como nos velhos tempos) para esse próximo domingo no final da tarde.
Não ficamos muito tempo na festa não, voltamos cedo pois não escaparíamos do nosso "despertador" às 6h30 da manhã. Mas deu pra aproveitar bastante e ainda dormir bem.

Sexta-feira, dia 02/04... Que delícia de feriado!!
Mesmo "caindo" de sono às 6h30 da manhã, fui atender a filhota que me chamava lá de seu berço louca à espera de um peito cheio de leite. Sentei na poltrona, amamentei (meio dormindo) mas curtindo, como sempre, o calorzinho daquele corpo estendido sobre o meu saciando seu desejo de leite, colo e cheiro de mãe. Ao sentir seu corpinho completamente relaxado e seus lábios em meu seio sem mais sugar, coloquei-a no berço novamente e voltei para minha cama. Uns 40 minutos depois, ouve-se o chamado novamente, mas desta vez o Rapha que foi atendê-la e eu continuei dormindo. Ele deu um café da manhã pra pequena, brincou um pouquinho com ela e eu, escutando seus balbucios, resolvi levantar-me pra cheirar a cria. Se passaram poucos minutos e ela já apresentava sinais de sono. Assim, fomos até o quarto (eu e ela), amamentei e coloquei-a no berço, fechei a porta e ela dormiu. Eram apenas 8h30 quando isso aconteceu e nós dois (Rapha e eu), então, resolvemos aproveitar para descansar mais um pouco também. Para nossa alegria (por conseguirmos descansar bem) e surpresa a Ana acordou só às 11h da manhã (soneca de 2h30!!!). Demos um suco de caqui pra pequena enquanto preparávamos seu almoço. Depois do suco ela ainda pediu meu peito e eu amamentei. Brincou um pouco e às 13h lá estava ela com sono novamente. Aproveitamos para almoçar e ela só acordou às 14h30 e com muita fome!! Foi só então que ela almoçou (e MUITO). Tranquila, como sempre, comia com gosto a cada colherada. Aproveitamos e fizemos uma "sessão" de fotos. Logo depois disso fomos ao mercado fazer umas rápidas comprinhas e o Rapha levou-a no sling. Na volta, às 16h30, lá estava Ana Clara com sono novamente. Dormiu até umas 17h30, acordou, jantou às 18h, bricou linda e feliz, tomou banho às 19h e 19h30 já estava entregue ao sono dos justos.

Um feriado simples, gostoso, agradável, feliz em família. Amo dias assim, não preciso mais do que isso para me realizar como mãe e mulher.

Obrigada Rapha e Ana Clara por me proporcionarem essa imensurável felicidade.