domingo, 14 de outubro de 2012

E a gente se diverte com essa lindeza...

Ana Clara, 3 anos e meio...

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Eu e Ana assintindo o filme "A Partida" (filme japones, de um cara que trabalha em rituais de limpeza de corpos de pessoas mortas).

-desconsidere a parte de uma mãe meio doida de deixar uma filha de 3 anos assistir um filme desses, mesmo pq o filme é muito bom!-

- Mãe, pq eles estão chorando?
- Pq o filho dela morreu, filha.
(silencio)
- Ahhh mãe, não tem problema, né? Vai ficar tudo bem: ele vai virar uma estrelinha e depois nasce de novo...

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Ana Clara e o pai, na hora de dormir. O pai lê a história, depois apaga a luz. Ela pede pra ele ficar mais um pouco ali com ela no escuro.

- Pai, o que a gente faz quando não tem sono?
- Pensa numa coisa que você gosta muito, uma coisa bem legal
(silêncio...)
- E aí filha, no que você pensou?
(silêncio...)
- Filha: você dormiu?
- hã? o que você falou, pai?




terça-feira, 17 de julho de 2012

3 anos, outra fase!


Ana Clara está cada dia mais falante, esperta e visivelmente despertando sua personalidade. Nos chiliques, nos carinhos, no sono, nos movimentos, na dança...
Está certa de que quer ser bailarina do Cirque du Soleil quando crescer. Não direciona seu olhar para os instrumentos musicais nem para sua voz cantada. Ela quer mesmo dançar!!

Autonomia é a atitude da vez: ela decide que quer dormir fora de casa, quer ir o banheiro sozinha porque já consegue subir no vaso e fazer xixi sem ajuda, come sozinha, quer atravessar a rua sem dar as mãos... Começo a ter um chilique de sentir que meu pintinho está crescendo e querendo sair de baixo da minha asa. Mas tudo bem!

Ontem e hoje foram dias de muito, MUITO frio aqui em Curitiba. O negócio foi ficar em casa. O Rapha então teve uma idéia muito legal e resolveu fazer um fogão de brinquedo pra Ana com uma caixa de papelão. Ficou muito linda e ela amou!


Por hora é isso. Um post curtinho, mas com muito amor!

Ai filha, às vezes vc é tão chiliquenta, me bate, me morde, mas eu te amo muito viu?
Pois eu sei que vc é tão normal quanto eu!

Se você está explorando algo muito interessante e alguém lhe toma sem justificativa, você se sente desrespeitado.Se você está andando livremente e alguém te segura, você protesta.Se você quer muito fazer algo e leva um sonoro não, você reage.Se alguém muito querido chega, te cumprimenta brevemente e não te dá mais atenção, você fica confronta.Se uma das suas pessoas favoritas tem hora certa para te atender, você fica chateado.Se sua família se recusa a fazer qualquer alteração na rotina para atender uma vontade sua, você não se sente importante.Se você está com fome, mas te negam comida, você pede de novo.Se alguém te força a comer sem fome, você vira o rosto.Se alguém empurra alguma coisa que você não gosta para dentro da sua boca, você cospe.Se você está no escuro, sozinho, sem a possibilidade de se mexer, você grita.Se você está num ambiente desconfortável, com vontade de estar perto de alguém que gosta, você chama essa pessoa.Se você pode ir até ela com suas próprias pernas, você levanta e vai.Se você não está com sono, está com muitos pensamentos na cabeça, apaixonado demais, carente demais, com fome, com sede, com calor, com frio, co medo, você também não dorme.Se durante o dia inteiro você não teve a possibilidade de fazer nada espontâneo, tudo foi feito sob ordens de alguém, você se aborrece.Se as pessoas com quem você convive não aceitam nenhuma das suas ideias, você se sente incapaz.Se você tenta expressar seus sentimentos de todas as formas que conhece e não se sente compreendido, você se enraivece. Talvez você aceite a comer o que não gosta.Talvez você aceite a comer sem fome.Talvez você aprenda a dormir com medo.Talvez você aprenda a dormir sem sono.Talvez você encontre alguém que te compreenda.Talvez você desista.

(texto do blog Super Duper)

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Tudo passa... e chegam coisas novas...

Esses últimos dias tenho me emocionado muito com a Ana. Ela está muito esperta, crescendo e se desenvolvendo muito rapidamente, numa velocidade que a gente as vezes não consegue acompanhar.
Falante, curiosa, perguntando os "porquês" de tudo... Uma fofa!
Sempre comento com as pessoas, e não posso deixar de registrar isso aqui: ela diz que, quando crescer, vai ser bailarina do Cirque du Soleil e vai pintar a unha de rosa pink! 

Não tenho do que me queixar, minha filha é perfeitamente linda! Tem uma ótima saúde, quase não fica doente (bom... ela ainda não vai pra escola... provavelmente isso ajuda!), come bem, cresce bem, e o melhor: dorme bem! Confesso lembrar vagamente das minhas noites em claro por conta de um bebê que não sabia dormir, que acordava 5 até 7 vezes durante a noite... Nossa, foram dias difíceis!! 
No entanto já há algum bom tempo ela já dorme muito bem. A partir dos 10 meses ela passou a dormir a noite inteira. 
Hoje em dia, com 3 anos, ela tira uma soneca durante o dia, após o almoço, com duração de 1h30 até 2h30 (depende do frio, do calor, do cansaço...). A noite colocamos ela na cama por volta das 20h30 e ela dorme sozinha, no escuro, conversando e contando histórias para a boneca que dorme na cama junto com ela... e só acorda as 7h da manhã. Acorda feliz, falante, cheia de abraços, beijos e sorrisos matinais!! É uma alegria começar o dia assim!

E só digo isso para afirmar aquilo que uma vez disse, num daqueles dias de zumbi depois de uma noite inteira tentando fazer um bebê dormir... "Vai passar... Tudo passa, tudo passará"...

E quando passa, outras coisas chegam.
Diferente da rotina que fazíamos quando a Ana ainda era bebê, hoje em dia, depois do banho e de colocar o pijama, ela escolhe um livro para que eu conte a história pra ela. Deitamos na cama, começo a ler, ela fica muito concentrada, do início a fim da história, interagindo e falando partes do texto. Não tenho o costume de comprar muitos livros a ela, temos relativamente poucos, mas é interessante como ela gosta da repetição. Tanto que temos um livro que ela já "lê" inteiro sozinha, (de tanto que já lemos!!) acompanhando o texto com os dedinhos, e adora! Dá orgulho de ver!
Costumamos ir muito em bibliotecas, e ela sempre gostou dos livros. E, sinceramente, não acho que ela precise de muito mais para aumentar o estímulo ou melhorar o desenvolvimento cognitivo...

Hoje ela está indo dormir, pela primeira vez, na casa da vovó Ceres... Assim, Rapha e eu vamos aproveitar para ir ao cinema!! =)

Viva!









segunda-feira, 26 de março de 2012

A beleza das estrias que a gravidez traz...


Quinta-feira, dia 22 de março...
Fui ao banheiro para tomar banho, tirei a roupa, liguei o chuveiro elétrico e parei na frente do espelho, nua, esperando a água esquentar um pouco. Ali, não satisfeita com a imagem refletida no espelho até que chega minha sábia filha Ana Clara com sua mais bela pureza...

- Mãe, o que são essi iquinhus na sua baiga? palece um desenho... (tradução: "o que são esses risquinhos na sua barriga? parece uma tatuagem...")
- Filha, isso são estrias.
- Puquê?
- Quando você morou na barriga da mamãe - lembra? - você cresceu, a pele da barriga da mamãe esticou e apareceram estes risquinhos, esse desenho...

Ela ficou ali, mexendo nas minhas estrias, admirando os tais risquinhos, com o olhar mais puro que uma criança pode ter, sem julgamento... e eu completei:

- Isso só é a marca de que você um dia morou aqui dentro de mim, entendeu?
- Sim. Lindo, né mãe? Eu acho lindo essi iquinhos...

Me abaixei, dei um abraço bem apertado nela, com os olhos marejados, enchi ela de beijos e disse...
- Obrigada meu anjo. Te amo.

Emocionada, entrei no banho e terminei de chorar de alegria.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Uma noite fora de casa...


Às vezes me dá na louca e tomo umas decisões com relação à Ana... Assim foi o desfralde (sinceramente, ela não demonstrou muitos requisitos para o desfralde, e eu decidi por conta, pois achei que já era o momento, e - sorte ou boa intuição - foi completo sucesso!). Semana passada decidi que talvez já pudesse ser a hora de ela - e nós, principalmente - experimentar dormir fora de casa, longe do pai e da mãe.
E assim foi. Falei com minha cunhada na quarta-feira, dia 08 de fevereiro - semana passada - e perguntei se ela aceitaria mais uma "criaturazinha" na casa dela por uma noite (ela já tem duas filhas, uma de 1a6m e outra de 5a). Ficou combinado que seria de domingo (12) pra segunda (13).
Ana Clara ficou super feliz em saber que ia dormir na casa das primas. E ao longo dos dias eu e o Rapha fomos conversando com ela a respeito de "dormir na casa da dinda". No sábado (dia 11) lembrei que não tinha deixado claro à ela que eu e o Rapha não iríamos dormir lá, e que ela teria que dormir sem nós por perto. Foi então que as duas jabuticabas pensativas olharam para o alto e refletiram um pouco. Achei que ela iria desistir, mas logo ela soltou um "tá bom". Fiquei tranquila.
No domingo eu e o Rapha recebemos um convite para ir na casa de uns amigos no final da tarde para uns comes e bebes, por coincidência ou não, a casa deles ficava há 4 quadras da casa da minha cunhada.
Deixamos a Ana lá com as primas, nos despedimos rapidamente e fomos curtir "nossa primeira noite sem nos preocuparmos em voltar logo pra casa para cuidar da Ana". Foi muito legal, mas, confesso, um pouco estranho. O Rapha estava louco para ligar e saber se estava tudo bem, eu não deixei. Pensei que poderia atrapalhar, ela querer falar comigo e "lembrar da mamãe, do papai"... Achei melhor não. Se não estivesse tudo bem , certamente ela iria ligar.

Então curtimos a noite, fomos durmir às 2 da manhã e, ao acordar... que estraho. Acordei às 7h (mais ou menos o horário que a pequena costuma acordar), olhei na cama dela... aquele vazio. Aquele sentimento de mãe e pai que não conseguem acompanhar o crescimento do filho, mas a todo custo sabem que devem que respeita-lo. Ai que coisa complicada...

Às 9h não aguentei. Liguei lá e, conversando com minha cunhada escutava as vozes das meninas ao fundo. Disse ela que foi tudo bem, a Ana não chorou e só demorou um pouquinho pra dormir, mas nada que um cafune da dinda nao resolvesse.

No meio da manha fui dar aula e o Rapha foi busca-la. Na volta pra casa ela domiu no sling com o papai. Quando cheguei em casa a saudade j'a estava batendo forte. Me senti orgulhosa.

E assim foi. Feliz. Orgulhosa da filha. =)