terça-feira, 22 de setembro de 2009

Começando do começo...



Sempre disse: não serei completa se não for mãe!! E começou quando minha menstruação atrasou... Fui fazer um teste de gravidez no laboratório Sergio Franco, dia 20 de fevereiro de 2008. Esperando o resultado, eu e o Rapha fomos tomar um café no "Lucca café" no centro, próximo ao Bondinho da Boca Maldita. Nunca esqueci daquela conversa. Ao mesmo tempo que estava nervosa, falávamos sobre o futuro bebê de forma tranquila e feliz. Fazíamos planos para o enxoval, os aniversários e, o mais importante: como educar. O Rapha sempre com suas piadinhas para descontrair o nervosismo e a ansiedade. Resultado: negativo. Meses depois, dia 28 de maio, mais um teste. Desta vez não houve café nem muita conversa sobre o assunto. Resultado: negativo. Meses depois... Passei dias mal, vomitando e muita azia. Fiz uma endoscopia. Nem desconfiei de uma possível gravidez. Já seria a 3a vez no ano que minha menstruação atrasava eu iria no laboratório fazer mais um exame de HCG. Resolvi, então, comprar um teste destes de farmácia mesmo, pois não acreditava que desta vez seria diferente das outras. Não falei nada pro Rapha. Era quarta-feira, dia 16 de setembro. Passei na locadoura, loquei um filme, fui na farmácia e comprei um teste de gravidez. Chegando em casa (na "sede" da Treze de Maio), o Rapha, ao pegar o filme na minha bolsa acabou esbarrando naquela caixa cor-de-rosa e me perguntou: vc não ia me falar nada, Isa??. Nas instruções do teste dizia que devia ser feito com a primeira urina na manhã. Quase não dormi. Às 7h levantei, fui ao banheiro e fiz tudo como dizia no manual da caixa. Esperei os minutos necessários e, se apareçesse dois riscos no "palito", o resultado era positivo, mas se fosse um risco somente, seria negativo. Resultado: dois riscos. Sentada no vaso do banheiro, abaixei a cabeça e um turbilhão de pensamentos invadiram minha mente e cheguei a ficar tonta. Voltei a olhar o "palito", mas desta vez não tinham mais os dois riscos, somente um. O Rapha abriu a porta do banheiro: "e aí?". E eu nervosa, respondi chorando: "Acho que tô mais ou menos grávida.". Tomei café e fui dar aula de piano para um aluno lá em Santa Felicidade. Tive bastante tempo no ônibus para pensar no ocorrido e resolver o que fazer. Tentando engolir o choro, a dor de cabeça aumentava. Não tinha como esconder o nervosismo, mas os olhos inchados foram salvos pelo óculos escuros. Antes de começar a aula, liguei pra minha cunhada querida que sempre tem uma resposta pra minhas dúvidas, e, desta vez ela conseguiu me deixar ainda mais nervosa: "Olha Isa, quando esse teste de farmácia dá posistivo a probabilidade de ser positivo é bem grande. Mas pra ter certeza, fala com o Flávio e pede uma guia pra fazer o exame de sangue.".

Dei a aula, almocei e liguei pro consultório do Flávio (meu ginecologista) e ele disse que deixaria a guia com a secretária. Fui direto pegar a guia e fazer o teste. Fui pra faculdade pressinando meu braço no local onde tinham retirado o sangue, pois a enfermeira havia "me furado" 2 vezes antes de achar a minha veia. Chegando lá, algumas pessoas já vieram me perguntar: "Isa, tá tudo bem?". Não aguentei, contei o que estava esperando o resultado do exame e logo a notícia já tinha se espalhado para várias pessoas. Duas horas depois, sentei na frente de um computador, na faculdade mesmo, e acessei o site do laboratório para ver o resultado. Respirei fundo, dei um "enter" e... HORMONIO CORIONICO GONADOTROFICO: 104176. Ou seja: Positivo. Sem dúvida alguma. Abri o mesmo site e conferi o resultado umas 3 vezes. Não fui pra aula de coral. Liguei pro Rapha, dei a notícia e fui pra casa (sede da "Marechal Deodoro"). Logo o Rapha chegou. Sentamos no sofá da sala: eu chorando e ele suando nas mãos sem parar. Quando minha mãe chegou, o Rapha puxou uma cadeira para a sogra e disse: "Senta aqui, Clelia. Precisamos conversar". A reação dela foi a última coisa que eu esperava, ela disse "Você tá grávida, né Isa?!", e eu "Como vc sabe?" e ela "Só vc que não sabia. Tava escrito na tua testa e só você não enxergou. Agora vamos fazer um lanche que eu estou morrendo de fome.".
Imagem: Arquivo pessoal, nós curtindo as férias de julho: Rapha tomando café no Shopping Crystal dia 07/07/2008.

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