sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Adeus ano velho, feliz ano novo!!!



São 20h do último dia de 2010. Ana Clara parece ter pressentido a "festa" aqui em casa e resolveu não dormir. De jeito nenhum. Está agora na sala brincando com o papai, enquanto minha mãe termina de fazer a comilança com a qual daqui a pouco vamos nos esbaldar.

Por ter uma criaturinha aqui ao meu lado super acordada me pedindo atenção sem parar, não vou poder escrever o que tinha planejado para meu último post do ano.

Um belíssimo 2011 para todos nós, com muita saúde, paz, harmonia, dança, música e felicidade!

Um lindo 2011 repleto de partos naturais e humanizados, maior conscientização dos profissionais da saúde e das gestantes que irão parir. Por que eu acredito que é a partir daí que o mundo pode melhorar!

Paz no coração.

Ano novo, visual novo. Mamãe de cabelos curtíssimos e papai sem cavanhaque.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Entre lulas, damascos e zumbis


Final de ano, férias, natal, festas, presentes, papai noel...

Às vezes me sinto uma mãe super relapsa e insensível. Não dou muita trela pra essas coisas, sabe?
Quer dizer, mais ou menos, né? Bom... vamos aos poucos:

  • Férias? Sim, gosto muito! Ainda mais agora, em que férias significa dividir os cuidados da filhota com o papai e os avós. Consequentemente significa poder, de vez em quando, tirar um sonequinha a tarde enquanto outros cuidam da pequena.

  • Presentes? Adooooro! Ganhei muitos, muito mais do que esperava. Mas me sito péssima quando ganho e não posso retribuir. Sendo uma mãe semi-desempregada, sem renda fixa não posso me dar ao luxo de presentear a todos. O único felizardo foi o maridón mesmo. Nem pra filha eu comprei um presentinho (convenhamos que ela ainda é um bebê e não entende muito sobre natal e papai noel, além do que os avós, tios e amigos nunca deixam de comprar alguma coisinha, né?). E, além disso, o Rapha gastou uma grana no curso que ainda vou fazer em meados de janeiro... Então, ficou assim mesmo: ganhei um monte de presentes lindos e não dei nada pra ninguém!! Desculpe aí galera, mas espero que ano que vem seja diferente.

  • Festas? Hummm... é bem legal festar mas... naõ sou baladeira. Não mesmo. Não gosto de barulho, som alto, voltar às 5h da madruga tonta de bera e dormir sem tomar banho. Esse tempo já foi. Agora tenho uma filhinha linda pra criar que não me acompanha na balada. Gosto quando a festa começa cedo e acaba cedo, que ainda dá tempo de chegar em casa, tomar um chá, um banho e dormir tranquilamente sabendo que não vou estar estragada no dia seguinte (parece papo de velho, né? pois é... e eu só tenho 27 anos...).

  • Natal? Este ano foi na casa dos sogros do meu irmão. Teve papai noel e tudo! Confesso que eu fui sem muita vontade - por conta da Ana. Vou explicar: temos uma rotina do sono aqui em casa e que quase nunca saímos dela. Ana Clara janta às 18h, toma banho às 19h e está babando de sono às 19h30. (obs: ela não dorme de jeito nenhum fora de casa!!!). Levar ela à uma festa à noite significaria ter que aguentar um bebê de 20 meses chorando de sono no colo da mamãe aqui até voltarmos pra casa. Chegamos a cogitar a idéia do Rapha ficar em casa pra cuidar dela. Mas resolvemos arriscar e... SURPRESA!! Ela ficou acordada até 1h da manhã (que foi quando chegamos em casa depois da festa e que colocamos ela imediatamente para dormir). A pequena realmente nos surpreendeu: brincou a noite inteira, não chorou e até deu beijo no papai noel! Foi ótimo! Mas exageramos quando resolvemos levá-la junto na noite seguinte (no jantar dia 25 na casa da minha sogra). Aí judiamos da pequena, tadinha... Chegamos não tão tarde quanto na noite anterior, mas chegamos às 23h. Ela estava acabada! Mas também se comportou super bem, brincou bastante com o primo Bernardo e se divertiu à beça com a cozinha que o primo ganhou de natal.

  • Papai Noel? Não gosto muito dele e dessa chantagem que usam para as crianças se comportarem e comerem toda comida do prato senão não ganham presente do tal Noel. Porém, lembro da minha infância, que minha mãe nunca fez ninguém se fantasiar para fingir ser o barbudo que entregava os presentes. Claro que ela sempre dava um jeito de convencer a gente de que era ele que tinha deixado os brinquedo debaixo da árvore de natal, mas nós nunca vimos ele descendo a chaminé lá de casa. E lembro de gostar muito desta imagem que ficava na nossa cabeça do velho misterioso. Cada família tem suas histórias, , seus jeitos e suas manias. Fico pensando como serão os próximos natais aqui em casa, e como vamos tratar de falar pra Ana Clara sobre o velhinho de barba branca que não dá presentes pra quem não se comporta durante o ano...

Agora... sobre o título da história: A lula foi um dos pratos do jantar na casa da minha sogra. Meu cunhado cozinheiro preparaou um cardápio MARAVILHOSO para nos presentear no jantar de natal. E estava uma delícia!!! Acho que o Rapha vai falar mais sobre isso num próximo post (né, amor?? rsrs).

Damascos? Odeio! Mas descobrimos que a filhota ADORA!! Só com jantar e comilanças chiques de festas natalinas para descobrirmos isso... rsrsrsrs...

E o zumbi? ahh... isso é coisa do Rapha... mas não pude deixar de registrar...


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

desprendimentos...

Para algumas mães isso pode parecer uma besteira, mas sair de casa e deixar minha filha aos cuidados de outras pessoas (senão o pai) não é uma coisa muito fácil pra mim.

Algumas vezes precisei deixar a Ana com a minha mãe. Não é uma coisa assim de outro mundo, mas a Ana tem uma dificuldade imensa de dormir com outras pessoas. Ela dorme no berço dela, mas quem tem que colocar ela lá sou eu ou o Rapha, se for outra pessoa ela faz aquele escândalo! Certamente o escândalo acontece com os pais aqui também, porém nós (geralmente) conseguimos lidar bem com os chororôs dos nossos filhos... Já os avós... Eles não conseguem ficar ouvindo o netinho chorando, logo dão um colinho e tudo mais que o bebê pedir.

Outro dia tive que deixar a Ana na casa da minha tia (que não teve filhos e nunca precisou trocar fraldas de bebês). Eu precisava sair assim, uns 40 minutos, mas deixei a filhota de fraldas limpas e um lanchinho já "engatilhado" para dar uma tepeada, caso ela chamasse muito pela mamãe. Não foi um bicho de 7 cabeças, mesmo porque a minha saída foi há 2 quadras do prédio da minha tia.

Mas eu devo confessar que não é algo super natural pra mim sair tranquilamente quando preciso deixar a Ana com outras pessoas. Eu confio nestas pessoas (aliás, é minha família, ainda não contratei uma babá e nem pretendo!), o problema sou eu. Eu preciso me desprender e confiar na minha PRÓPRIA FILHA. Muitas vezes eu não acredito nela, que ela vai ficar bem se não for comigo ou com o Rapha.

E nossos filhos nos surpreendem a cada dia. Ontem precisei deixar a Ana com minha irmã Carol (que também não tem filhos e não tem o costume de trocar fraldas). Mas a filhota se comportou maravilhosamente bem. Estava feliz e não chorou e nem chamou pela mamãe.

E, junto com a Ana, sinto que cresço e amadureço como mãe.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O pediatra não manda em mim!

Estava eu bisbilhotando uns textos na internet, quando achei este aqui numa comunidade do orkut da qual participo há tempos - Soluções para noites sem choro. Quem postou o texto na comunidade foi a Andréia Mortensen - mulher da qual sou super fã! Vale a pena conhecer um pouco sobre esta super mãe, mulher mamífera e profissional! O texto não é dela, mas foi ela quem traduziu.


O pediatra não é seu chefe!

Fonte: clique aqui

Por Christie Haskell e Jeanne Sager em Outubro de 2010.

Tradução: Andréia Mortensen

Quando um assunto como a segurança do bebê na cadeirinha de carro é discutida, frequentemente se ouvirá alguém falando que seu pediatra mandou fazer o oposto do que as informações de segurança dizem. Em alguns casos as recomendações do pediatra são até ilegais e ainda assim a mãe usa a frase "Meu médico mandou fazer assim" como razão para agir desse modo. E a mãe até se recusa a olhar para os fatos que estão sendo apresentados a ela!
Por que? Isso é algo que sempre me pergunto, muitas e muitas vezes.

Por que temos um pediatra e lhe demos autoridade de decidir praticamente tudo sobre nossa família, educação incluída?
Existe um poder mágico que dita que devemos automaticamente obedecer todos os desejos e comandos do pediatra??


Agora, deixe-me começar dizendo que a formação dos pediatras incluem estudos extensos (universidade e residência) que são incrivelmente difíceis, e que sou grata que há pessoas que se especializam em saúde infantil. Mas não acho que todos pediatras frequentaram uma aula sobre lactação ou uma aula sobre segurança da cadeirinha de carro, mas mesmo assim eles se sentem de alguma forma qualificados para dar conselhos autoritários nesses temas.

Pense nisso... seu dentista pode saber sobre dentes, mas eles te mandam para o um ortodontista para aparelhos, certo? Bem, seu pediatra pode entender o básico de nutrição, mas uma consultora de amamentação é a pessoa que realmente entende de amamentação- pois no final das contas amamentação é sobre o SEU corpo, não do seu bebê. E esse é só um exemplo.

Para tentar entender esse problema, cito abaixo alguns conselhos reais que algumas pessoas receberam de seus pediatras:

• Coloque seu bebê de 10 meses para frente na cadeirinha do carro porque seus pés encostam no assento.
• Coloque xarope de chocolate na mamadeira de um bebê de 5 meses para 'fazer ele gostar' da mamadeira porque a mãe o desmamou.
• Dê papinhas para o bebê de 3 meses porque o bebê era muito grande/muito pequeno/mamava muito/não mamava o suficiente.
• Mande a mulher ordenhar os seios após o nascimento do bebê para "ver se tem colostro" e dê esse colostro numa colherzinha para o bebê antes de permitir que ela coloque o bebê no peito.
• Mande a mulher furar a orelha do recém nascido para evitar o risco de alergia a níquel no futuro.
• Coloque o bebê de 2 meses amamentado exclusivamente no peito num esquema rígido de mamadas a cada 3 horas para ver se 'cura' seu refluxo.
• Encha seu bebê de 15 meses com manteiga, creme e sorvete, não porque ele está perdendo peso ou parou de ganhar peso, mas porque o medico disse que ele era desproporcional.
• Dê um tapa na mão do bebê de 10 meses que toque a tomada, porque 'eles só fazem isso para te irritar.'
• Diga a mãe que seu filho de 2 anos que ainda não consegue usar uma tesoura não terá controle motor fino no Jardim de Infância.

Entende o que quero dizer?

O fato é que seu pediatra não é um psicólogo infantil, especialista em cuidados e educação ('parenting'), consultor de amamentação, ou técnico em cadeirinha de carro (ao menos que eles tenham especialidades múltiplas). Se você tem um problema em especial, consulte o especialista- é o que ELES estudaram. Seu trabalho como mãe é trabalhar com seu pediatra em assuntos médicos, como seu parceiro nos cuidados com seu filho.
No entanto, ainda é sua responsabilidade se educar sobre o assunto. Não, você não quer anular todos comentários do seu pediatra com o Dr. Google; entretanto é ótimo para você se informar antes de conversar com seu médico e outros especialistas sobre suas preocupações.

Você também precisa de alguém que ou concorda com você em alguns tópicos polêmicos ou que pelo menos respeite suas escolhas. Isso é ponto chave para achar seu pediatra ideal.

Pediatras não são iguais, suas formações diferem! Separe os bons dos ruins

A tarefa de achar um pediatra para seu bebê não é tão fácil como abrir a lista de medicos do plano de saúde e escolher um que seja mais próximo a tua casa. Todos eles fizeram faculdade de medicina, mas, assim como outras especialidades, nem todos pediatras tem a mesma formação.

Para encontrar um pediatra para seu bebê a dica é marcar uma entrevista com antecedência.
Eles ganharão o trabalho de tomar conta da pessoa que lhe é mais preciosa para você pelos próximos 18 anos. Eles podem fazer um esforcinho extra para conseguir isso.

Parece que você estará criando uma relação de adversários começando dessa maneira, mas é exatamente assim a prática padrão nos EUA. A maioria dos pediatras estão preparados e esperam essa entrevista inicial. Algumas perguntas importantes e que são relevantes para as mães que tem filosofias em ambos extremos dos temas mais polêmicos:

• Qual sua posição sobre vacinas?
• Você é aberto a homeopatia?
• Você acha que infecções de ouvido sempre devem ser tratadas com antibióticos?
• Você oferece amostras grátis de Leite artificial para as mães?
• Quanto tempo em média dura cada consulta?
• Quais são as alternativas em horários não comerciais?
• Há separação das crianças doentes das saudáveis na sala de espera?
• Você visita os recém nascidos no hospital?

Outra dica é perguntar para outras mães.
Há uma razão para que empregadores peçam referências antes de contratarem um novo funcionário!

Finalmente, é importante queo pediatra esteja atualizado. Por exemplo, no dia seguinte que a Associação Americana de Pediatria (AAP) anunciou sua nova recomendação de que bebês devem ficar virados para trás nas cadeirinhas de carro até 2 anos de idade ao invés de 1, minha filha tinha uma consulta com o pediatra. Eu imprimi a página da AAP com essa recomendação e levei, mas meu pediatra já sabia disso e o artigo estava inclusive em todas salas de consulta, e ela fez questão de mencionar e reforçar esta recomendação.

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E então... o pediatra do seu filho manda em você?